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1 em cada 20 mulheres terá câncer de mama ao longo da vida, diz estudo

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Uma em cada 20 mulheres no mundo será diagnosticada com câncer de mama ao longo da vida, e uma em cada 70 morrerá da doença. A projeção é de estudo publicado na segunda-feira (24) na prestigiada revista científica Nature Medicine. Se as taxas anuais continuarem, até 2050 haverá 3,2 milhões de novos casos de câncer de mama e 1,1 milhão de mortes relacionadas à doença por ano, com um crescimento desproporcional em países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

As estimativas foram baseadas no Observatório Global do Câncer da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), incluindo dados da publicação Cancer Incidence in Five Continents e do Banco de Dados de Mortalidade da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A cada minuto, quatro mulheres são diagnosticadas com câncer de mama no mundo e uma mulher morre da doença, e essas estatísticas estão piorando”, afirma a cientista da IARC, Joanne Kim, uma das autoras do relatório, em comunicado. “Todos os envolvidos, especialmente os governos, podem mitigar ou reverter essas tendências adotando políticas de prevenção primária, como as ‘melhores opções’ recomendadas pela OMS para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, além de investir na detecção precoce e no tratamento, apoiados pela Iniciativa Global de Câncer de Mama da OMS, para salvar milhões de vidas nas próximas décadas.”

De acordo com o levantamento, no mundo todo, a maioria dos casos e mortes por câncer de mama ocorre em pessoas com 50 anos ou mais, representando 71% dos novos casos e 79% das mortes. No entanto, na África, quase metade (47%) dos casos são diagnosticados em pessoas com menos de 50 anos — uma proporção significativamente maior do que na América do Norte (18%), Europa (19%) e Oceania (22%).

Embora a proporção de mortes por câncer de mama em pessoas com menos de 50 anos seja menor do que a de incidência, ela varia amplamente: de 8% na Europa a 41% na África.

Países com alto IDH possuem maiores taxas de câncer de mama

De acordo com o estudo, a carga do câncer de mama não é distribuída de maneira uniforme entre as diferentes regiões do mundo. Por exemplo, as taxas de incidências de câncer de mama foram mais altas na Austrália e na Nova Zelândia (com 100 novos casos por 100 mil mulheres), seguidas pela América do Norte e pelo Norte da Europa.

Já as taxas mais baixas foram registradas no Sul da Ásia (com 27 novos diagnósticos por 100 mil mulheres), na África Central e no Leste da África. Esse padrão está relacionado a fatores como maior consumo de álcool e níveis mais baixos de atividade física nos países com alto IDH.

Por outro lado, as taxas de mortalidade por câncer de mama foram mais altas na Melanésia (com 27 mortes por 100 mil habitantes), Polinésia e África Ocidental, e mais baixas no Leste Asiático (com sete mortes por 100 mil mulheres), América Central e América do Norte.

O relatório mostrou que, em países com IDH muito alto, para cada 100 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, 17 morrem da doença. Em países com baixo IDH, mais da metade (56) morre. Segundo o estudo, essa disparidade se deve, provavelmente, às desigualdades no acesso à detecção precoce, ao diagnóstico oportuno e ao tratamento.

Além disso, o estudo mostrou que há grandes variações entre o risco vitalício de diagnóstico e morte por câncer de mama entre países e continentes. O risco vitalício de ser diagnosticado com câncer de mama foi mais alto na França (1 em 9) e na América do Norte (1 em 10). Já o risco vitalício de morrer da doença foi maior em Fiji (1 em 24) e na África (1 em 47), enquanto na França foi de 1 em 59 e na América do Norte, de 1 em 77.

Tendências nas taxas de incidência e mortalidade

Os pesquisadores descobriram que, no período mais recente de 10 anos (2008–2017), as taxas de incidência do câncer de mama aumentaram entre 1% e 5% ao ano em 27 dos 50 países analisados, especialmente nos de IDH muito alto.

Por outro lado, as taxas de mortalidade diminuíram em 29 dos 46 países com IDH muito alto, segundo o Banco de Dados de Mortalidade da OMS. Apenas sete desses países (como Bélgica e Dinamarca) alcançaram a meta da Iniciativa Global de Câncer de Mama da OMS de reduzir a mortalidade por câncer de mama em 2,5% ao ano.

No entanto, a mortalidade ainda aumentou em sete países, quatro dos quais apresentavam alguns dos menores IDH do estudo, evidenciando a desigualdade nos avanços na redução das mortes por câncer de mama.

“Este relatório destaca a necessidade urgente de dados oncológicos de alta qualidade e registros precisos sobre o número de novos diagnósticos e desfechos em países com IDH baixo e médio”, afirma Isabelle Soerjomataram, vice-chefe da Divisão de Vigilância do Câncer da IARC. “O progresso contínuo no diagnóstico precoce e no acesso ao tratamento é essencial para reduzir a lacuna global no câncer de mama e garantir que o objetivo de reduzir o sofrimento e a mortalidade da doença seja alcançado por todos os países.”

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Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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