Marco Aurélio Zaparolli, foca de redação, repórter, redator-chefe, editor, editor-chefe, diretor de redação, fundador de diversos jornais impressos e on-line, há quase meio século vivendo e respirando a imprensa com coberturas jornalísticas locais e nacionais. Para quem viveu meio século dentro de uma redação, a maior lição que fica é a da humildade. Vale mais estampar manchetes e ser uma nota de rodapé, quando muito, do que não ter história pra contar e querer ser o título principal da capa.
Orgulho-me de ter vivido a metade desta historia com muita humildade, senso de justiça e reconhecimento dos colegas que vieram depois de mim, sem nunca desfazer de ninguém. Sou agraciado pelo fato de que acompanhei o nascimento de sete gerações de profissionais, tendo escrito sobre isso e do que futuramente pretendo editar um livro. Portanto, mais aprendi do que ensinei, desde o guri de 12 anos como foca de redação lapidado pelo mestre Irigino Camargo, ao homem de 58 anos, profissional maduro, responsável, ético, que evoluiu e nunca deixou de de se modernizar, inovar e criar. Assim, são 46 anos de pura redação no sangue, da máquina de datilografar Remington ao computador mais moderno, desde a tipografia até as primeiras off-sets, revolução do jornalismo impresso, Jornal Marilia Noticias e Jornal da Manhã, 1988/1990, a abertura pioneira do mercado de trabalho de assessoria de imprensa da cidade, ao nascimento e fundação do primeiro semanário que se perpetua no tempo, 1991, Jornal Cidade, pelo verdadeiro pioneirismo do site on-line, em 2001, com o Marilia Agora, pela criação do primeiro portal nacional de notícias da cidade, o GPN, e por aí vai. Pra dizer que tenho muita satisfação em dar manchete aos grandes feitos dos colegas, preferindo ser apenas uma nota de rodapé quando muito. Ser humilde é importante, reconhecer quem foi pioneiro é gratificante, só não se pode omitir e nem mentir sobre a verdadeira história de tudo que aconteceu.
