Estamos diante de um grande paradoxo. Teremos a pior eleição da história, com um senão aqui, outro ali, uma exceção aqui, outra ali, corremos o risco de mergulharmos no lodaçal da política, frustando as expectativas de que tivemos no passado recente, de que sairiamos do fundo do poço.
Corre o risco de elegermos a Câmara mais desastrosa da história e também o governo municipal que será apenas reprodução de experiências fracassadas do passado.
Claro, há exceções, como dissemos acima. Mas, pelo que se nota em termos de nível de propostas, está sofrível.
Muita demagogia, muita ostentação, nota-se claro desespero por grupos que querem tomar com ímpeto a viúva (leia-se prefeitura) para fazer do paço municipal, uma feira de negócios e mercância, o mesmo pode-se dizer da edilidade, onde a cada mandato, os representantes do povo são sofríveis em debates, sugestões, requerimentos, indicações e projetos.
Marília vive a pior eleição de sua história por negligência do próprio eleitor que abandonou a sua responsabilidade sobre a cidade e pouco importa quem vai ganhar.
Esquece que é da prefeitura e da câmara que brota sua qualidade de vida boa ou ruim, é ali no executivo e no legislativo que se discute o desenvolvimento da cidade, a destinação de verbas para tapar buracos, comprar remédios, manter escolas, enfim.
Triste sina para uma cidade que merecia candidatos bem melhores – com raras exceções, ufa, tem pessoas comprometidas com as aspirações para o futuro- ainda bem.
Mas, de verdade o desespero pela tomada do poder a fim de por a mão em quase 10 bilhões de reais, que é o orçamento projetado para 4 anos de governo, é insano.
Ora, o povo, o povo é mera mercadoria que eles acham que se compra com cesta básica, um pau com bandeira, uma esmola e um saco de promessas.
Fica a pergunta e a provocação: eleitor, quando criaremos vergonha na cara?