O Ministério dos Transportes da Coreia do Sul disse nesta quarta-feira (22) que removeria o aterro de concreto instalado no Aeroporto Internacional de Muan após o acidente do voo Jeju Air no mês passado, desastre aéreo doméstico mais mortal do país.
Enquanto os investigadores ainda estão pesquisando o que causou a queda do voo, incluindo colisões com pássaros, especialistas disseram que a enorme berma que sustentava as antenas de navegação no final da pista provavelmente tornou o desastre mais mortal do que poderia ter sido.
Em algumas das primeiras reformas generalizadas anunciadas desde o acidente, as autoridades disseram que farão novas fundações ou outros ajustes para antenas semelhantes em sete aeroportos, incluindo o Aeroporto Internacional de Muan e Jeju – um dos mais movimentados da Coreia do Sul – que estão abaixo do nível do solo ou são fáceis de quebrar.
A decisão foi tomada após a revisão das estruturas que abrigam as antenas que orientam os pousos nos aeroportos em todo o país, conhecidas como Instrument Landing Systems (ILS), ou um “localizador”.
“O Aeroporto Internacional de Muan planeja remover completamente o concreto existente e reinstalar o localizador em uma estrutura frágil”, afirmou o ministério em um comunicado.
O acidente de 29 de dezembro matou 179 pessoas, com apenas dois tripulantes sentados perto da parte traseira da aeronave Boeing sobrevivendo.
Imagens de vídeo mostraram o jato de passageiros batendo na estrutura e explodindo após pousar em alta velocidade sem trem de pouso abaixado e derrapando além do final da pista.
O projeto da pista também foi criticado por não atender aos padrões de segurança, levando as autoridades a estender as zonas de segurança pós-pista que estão livres de grandes obstáculos.
O ministério dos transportes disse que garantirá uma área de segurança de pista de 240 metros de comprimento em todos os aeroportos para atender a todos os regulamentos relevantes.
A área no aeroporto de Muan tinha cerca de 200 metros de comprimento antes do acidente.
A polícia disse separadamente que Son Chang-wan, o ex-presidente da estatal Korea Airports Corporation que estava no cargo quando a estrutura do aeroporto de Muan foi reformada, foi encontrado morto em sua casa na terça-feira (21), em um aparente suicídio.
Son não estava sob investigação sobre o acidente de avião e não foi intimado para interrogatório sobre isso, disse um policial.
O fechamento do aeroporto de Muan foi estendido até 18 de abril, comunicou o ministério dos transportes no sábado.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br