A agência anticorrupção da Coreia do Sul que está liderando a investigação sobre a declaração de lei marcial do presidente afastado Yoon Suk Yeol, disse nesta quinta-feira (23) que vai transferir o caso para o gabinete do promotor para indiciamento.
O anúncio foi feito pelo vice-chefe do Gabinete de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível (CIO), Lee Jae-Seung, durante uma conferência de imprensa.
O CIO, que não tem autoridade para processar o presidente, solicitaria que os promotores indiciassem Yoon por alegações de que ele era o líder de uma insurreição, por abuso de sua autoridade e obstrução de outros de exercerem seus direitos, segundo um comunicado.
“Seria mais eficiente para os promotores, que têm que decidir se vão indiciar ou não, coletar os dados da investigação até agora e conduzir investigações adicionais, se necessário, para descobrir a verdade do caso, então decidimos solicitar que indiciem (Yoon).”
Lee Jae-Seung
Yoon está preso desde a semana passada, enquanto os investigadores examinavam sua tentativa de impor lei marcial em 3 de dezembro, uma medida que chocou a nação, embora tenha sido anulada em poucas horas pelo parlamento.
O vice-chefe do gabinete também citou a falta de cooperação do presidente afastado com a investigação.
“Apesar do fato de que o suspeito está sob sérias alegações de que ele foi o líder de uma insurreição, ele continua não cooperando até hoje, não respondendo aos procedimentos da justiça criminal e se recusando a nos interrogar.”
Lee Jae-Seung
O CIO foi lançado em 2021 como uma agência independente anticorrupção para investigar autoridades de alto escalão, incluindo o presidente e seus familiares, e liderou uma equipe conjunta envolvendo a polícia e o Ministério da Defesa, enquanto os promotores conduzem sua própria investigação.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
