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“Sem maioria, governo não pode ser tão proativo“, diz Rodrigo Maia à CNN

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Para o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a eleição de novas mesas diretoras do Legislativo ainda não garantem vida fácil ao governo Lula nos próximos anos.

Em participação no CNN Entrevistas, Maia disse acreditar que, sem votos suficientes para uma articulação de peso, o Executivo pode continuar sofrendo com resultados não satisfatórios após votações de projetos de interesse da gestão petista.

“O governo precisa dizer para a sociedade: eu quero ou não ter um uma maioria. Então, se não quer ter maioria, não pode ser tão proativo no Legislativo. Tem que ser menos proativo no Legislativo, porque senão toda tramitação vai ter um custo maior para o governo. Porque se eu não sou da base do governo, eu vou dizer: o que interessa para o meu eleitor para eu votar essa matéria? (Vou votar) com o governo, ou vou votar contra?”, afirmou o ex-deputado.

A avaliação considera as últimas discussões sobre o Orçamento Público. Nos últimos meses de 2024, impasses sobre os pagamentos de emendas parlamentares travaram as votações da Lei Orçamentária Anual e a análise acabou empurrada para 2025.

Nos últimos 20 anos, o atraso ocorreu apenas três vezes: em 2013, 2015 e durante a pandemia de Covid-19, em 2021.

Segundo Rodrigo Maia, sem maioria no parlamento, restaria a Lula o controle do orçamento para garantir governabilidade. Para o ex-presidente da Câmara, no entanto, o Executivo tem mostrado pouca influência sobre os debates em torno da distribuição de despesas e, consequentemente, sobre a capacidade de investimentos no país.

“O governo já está entrando no terceiro mandato, no terceiro ano do mandato, e até agora ele não disse o que ele pensa do orçamento. Para mim é muito mais uma disputa sobre quem manda no orçamento para entregar para o parlamento. No fundo, o que eu acho que o governo quer é se apropriar desse poder, negociar com esse poder a maioria, sem precisar mexer no governo”, completou.

Com a experiência de uma presidência longeva a frente da Câmara, Maia também ponderou o resultado de uma possível troca de cadeiras na Esplanada dos Ministérios neste ano. E destacou os desafios na relação com novo presidente do Senado.

“Acho que a relação do Davi [Alcolumbre] depende muito de como como é que o presidente Lula vai querer organizar isso e o que ele tem a dizer sobre uma política de finanças públicas melhor estruturada e com uma lei mais moderna que o Brasil tem hoje”, afirmou o ex-deputado.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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