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Vereador do PL diz que parlamentar trans do PSOL é “biologicamente homem“

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O vereador Lucas Pavanato (PL) disse, nesta quinta-feira (6), durante pronunciamento na Câmara Municipal de São Paulo, que a vereadora Amanda Paschoal (PSOL) — uma mulher trans — “é biologicamente homem”.

“Com todo respeito que eu tenho a vossa excelência, eu te chamo de vereadora, sempre, porque eu sou um cara educado. Eu não quero te desrespeitar, te ofender. Mas, no debate de gênero, que é o debate que vocês colocam, eu não posso me eximir de dizer que biologicamente vossa excelência é homem”, disse Pavanato.

“As diferenças biológicas são significativas. Então, eu tenho que ter o direito de afirmar que uma transexual, por mais que se identifique como mulher e tenha o direito de se identificar, biologicamente continua sendo homem. E não seria justo a vereadora Amanda Paschoal brigando com uma mulher no ringue, porque a força é desproporcional, e a biologia se impõe acima dessas coisas”, prosseguiu.

No momento, havia uma discussão no plenário sobre a proibição de mulheres trans nos esportes femininos, na esteira de uma ação executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que adotou a medida em seu país.

Posteriormente, Amanda foi à tribuna da Casa e disse que iria processar Pavanato “porque nominalmente foram transfóbicos com a minha pessoa”.

“Gostaria de dizer que não é achar, partindo do achismo, que vão dizer quem pode ou não praticar esportes, reduzindo um debate que é tão sério e importante, que leva a morte muitas mulheres e homens da comunidade transgênero no Brasil”, prosseguiu a vereadora.

Pavanato ofereceu uma Bíblia para Amanda. Sobre o presente, a parlamentar disse que o grupo político do parlamentar do PL “anda sempre com uma bíblia debaixo do braço, mas parece que não conseguem colocar em suas práticas o amor de Jesus e o amor de Deus na Terra”.

“Porque os cortes, as falas e os projetos que são propostos aqui dentro dessa Casa levam a morte na ponta pessoas como eu”, continuou.

Procurada pela CNN, a assessoria de Amanda informou que pediu ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) a abertura de um inquérito criminal por “injúria transfóbica, que é um crime que tem pena de 2 a 5 anos de reclusão.”

Pavanato, por sua vez, disse à reportagem que “isso mostra o quanto são autoritários. Não se podem mais fazer afirmações científicas. Eles querem uma ditadura da opinião, anticientífica, por sinal. Disse a verdade; não tenho medo. A vontade de Deus nunca falha”.

Mototáxis

Apesar das declarações ocorridas em plenário, os parlamentares estão atuando do mesmo lado na questão dos mototaxistas em São Paulo, que foram proibidos de atuar após determinação judicial.

Durante um protesto em 3 de fevereiro, Amanda e Pavanato estiveram com trabalhadores da categoria.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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