A libertação de seis reféns israelenses pelo grupo palestino Hamas neste sábado (22) faz parte de um grupo de 33 pessoas a serem soltas como uma das condições da primeira fase do cessar-fogo que teve início em 19 de janeiro.
Em troca dos seis reféns, Israel libertará mais de 600 prisioneiros palestinos.
O refém israelense Omer Wenkert, solto pelo Hamas mais cedo neste sábado (22), se reuniu com os pais pela primeira vez após ter passado 505 dias em cativeiro.
A mãe de Wenkert, Niva, disse que ele é um “vencedor” antes do pai dele recitar uma bênção judaica.
Omer Wenkert, de 23 anos, foi feito refém no festival de música Nova, no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023.
Wenkert tem colite, uma doença autoimune que requer medicação, o que foi uma preocupação significativa para a família dele. O Hamas chegou a negar acesso da Cruz Vermelha e de outros órgãos internacionais para assistência aos reféns.
Omer Shem Tov também se reuniu com os pais Malki e Shelly neste sábado (22).
O reencontro aconteceu nas instalações de recepção do Exército israelense em Reim, perto da fronteira com Gaza, depois que o Hamas entregou Shem Tov à Cruz Vermelha. Depois, ele foi transferido de helicóptero para um hospital central de Israel.
O refém israelense Avera Mengistu se encontrou com os pais em um hospital de Israel. Ele foi entregue às Forças de Israel pela Cruz Vermelha e se dirigiu a um centro de recepção militar onde encontrou os irmãos.
Mengistu, de 39 anos, atravessou a fronteira para Gaza por vontade própria em 2014 e estava detido desde então.
Tal Shoham também foi solto neste sábado (22). Os militares israelenses divulgaram fotos dele com o filho em um helicóptero a caminho do hospital.
Shoham, de 40 anos, foi sequestrado do Kibutz Be’eri junto com a esposa e dois filhos, que foram libertados em uma breve trégua em novembro de 2023.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
O governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos. Saiba detalhes da negociação nesta matéria.
Israel realizou intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Detectar, interceptar: entenda como funciona o Domo de Ferro de Israel
Fonte: www.cnnbrasil.com.br