Tanto a Rússia quanto a Ucrânia devem ser incluídas nas negociações para acabar com a guerra, afirmou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, nesta segunda-feira (24).
“O caminho para uma paz justa e duradoura só pode ser aberto com uma equação na qual todas as partes relevantes estejam representadas”, disse Erdogan em uma entrevista coletiva.
As negociações de paz anteriores excluíram a Rússia da mesa de negociações, Erdogan destacou, o que as impediu de alcançar o “resultado desejado”. Enquanto isso, as negociações mais recentes excluíram a Ucrânia.
“Se os resultados forem desejados do novo processo, a Ucrânia deve ser incluída no processo e esta guerra deve ser encerrada por meio de negociações mútuas”, disse Erdogan.
Os comentários do líder turco vieram menos de uma semana depois que autoridades ucranianas não foram convidadas para as negociações EUA-Rússia sobre o conflito. O presidente dos EUA, Donald Trump, falando em seu resort Mar-a-Lago na Flórida, disse que as negociações foram “muito boas” e que a Rússia “quer fazer alguma coisa”.
Erdogan acrescentou que havia falado com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, na segunda-feira, e com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no dia anterior.
Turquia se ofereceu para sediar conversas
Também nesta segunda-feira, o ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan, afirmou que a Turquia está pronta para sediar possíveis conversas entre Ucrânia e Rússia e que apoiaria qualquer iniciativa que levasse à paz.
A Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sediou as conversas iniciais entre os lados meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, ajudando a garantir um acordo para a passagem segura das exportações de grãos no Mar Negro.
“Nesse contexto, estamos prontos para contribuir com todas as formas de apoio para que a paz seja alcançada por meio de conversas. Estamos prontos para sediar essas conversas como fizemos antes”, disse Fidan.
Zelensky disse no domingo (23) que via a Turquia como uma importante garantidora de segurança para a Ucrânia.
Com informações da Reuters.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
