O governo russo disse nesta terça-feira (25) que a Rússia possui muitos depósitos de metais de terras raras e que estava aberta a fazer acordos para desenvolvê-los depois que o presidente Vladimir Putin apresentou a possibilidade de tal colaboração com os Estados Unidos.
“Os americanos precisam de metais de terras raras. Temos muitos deles”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Ele continuou afirmando que o país tem “os próprios planos para desenvolver recursos estratégicos, mas há perspectivas bastante amplas de cooperação aqui”.
Putin declarou à TV estatal na segunda-feira (24) que a Rússia estava aberta a projetos conjuntos com parceiros americanos – incluindo o governo e o setor privado – sob um futuro acordo econômico Rússia-EUA.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu que “grandes transações de desenvolvimento econômico com a Rússia” ocorreriam.
Peskov afirmou que ainda havia muito trabalho a ser feito para normalizar as relações entre Moscou e Washington antes que quaisquer acordos econômicos pudessem ser fechados.
“O próximo item da agenda é a questão da resolução da crise ucraniana”, ressaltou o porta-voz. “E então, especialmente porque os próprios americanos também falaram sobre isso, será hora de considerar possíveis projetos relacionados à cooperação comercial, econômica e de investimento.”
Segundo ele, “quando chegar, digamos, um momento de vontade política, estaremos abertos a isso (cooperação em metais de terras raras)”.
Terras raras são um grupo de 17 metais usados para fazer ímãs que transformam energia em movimento para veículos elétricos, celulares, sistemas de mísseis e outros eletrônicos.
A Rússia tem a quinta maior reserva mundial de metais de terras raras, conforme dados do U.S. Geological Survey, depois da China, Brasil, Índia e Austrália.
Os EUA e a Ucrânia estão negociando um acordo separado envolvendo metais de terras raras.
Trump disse esta semana que o acordo estava “muito perto” da conclusão.
Putin falou na segunda-feira (24) que essas negociações não eram uma preocupação para a Rússia.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br