Por 13 votos favoráveis e cinco contrários, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou o pedido de cassação do parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ), após sete horas de discussão.
Glauber é acusado de empurrar e expulsar um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional em abril de 2024. A ação foi aberta após um pedido do partido Novo no ano passado.
O deputado ainda pode recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Caso a CCJ rejeite o recurso, o caso será votado no plenário da Câmara. O pedido precisa de, no mínimo, 257 votos para ser aprovado.
Veja abaixo como votou cada deputado:
Quem votou a favor da cassação
- Delegado Ramagem (PL-RJ)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- Luciano Vieira (Republicanos-RJ)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Gutemberg Reis (MDB-RJ)
- Ricardo Maia (MDB-BA)
- João Leão (PP-BA)
- Julio Arcoverde (PP-PI)
- Albuquerque (Republicanos-RR)
- Márcio Marinho (Republicanos-BA)
- Rafael Simoes (UNIÃO-MG)
- Junior Lourenço (PL-MA)
- Bruno Ganem (Podemos-SP)
- Leur Lomanto Jr. (União-BA), presidente do Conselho
- Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do caso
Quem votou contra
- Jack Rocha (PT-ES)
- Natália Bonavides (PT-RN)
- Joseildo Ramos (PT-BA)
- Josenildo (PDT-AP)
- Chico Alencar (PSOL-RJ)
Descontrole e greve de fome
A sessão que analisou o pedido de cassação do mandato de Glauber foi marcada por confusões e a promessa de uma greve de fome pelo próprio deputado.
De acordo com o parlamentar do PSOL, a ação não foi motivada pelo desentendimento, mas por declarações suas a respeito do orçamento secreto.
“A partir do dia de hoje, vou permanecer neste Plenário. Quem quiser chamar de greve pode chamar. Vou dar início a uma ação de não rendição ao orçamento secreto”, disse Glauber.
Durante a sessão, parlamentares do PSOL criticaram o presidente do conselho, Leur Lomanto Júnior (União-BA), por pautar um requerimento para encerrar a discussão do parecer e iniciar a votação antes que a lista de oradores fosse esgotada.
Como apurou a CNN, o PSOL prepara um recurso à CNN e outro ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: www.cnnbrasil.com.br