Evento acontece em São Paulo nos dias 11,12 e 13 de abril e reúne nomes como o da escritora inglesa Alice Evans e da jornalista e escritora indiana Sohaila Abdulali, além de personalidades brasileiras, como a ministra Sônia Guajajara, a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, a escritora Tati Bernardes, a psicanalista Vera Iaconelli, e a influencer Veronica Oliveira, do perfil Faxina Boa
São Paulo será palco do Festival Mulheres em Lutas (MEL), evento que, entre os dias 11 e 13 de abril, reunirá mulheres de todas as regiões do país e convidadas internacionais para debater os desafios do feminismo na atualidade. Com uma programação diversa, o festival abordará temas como o avanço da extrema-direita, o ódio contra as mulheres e as violências estruturais que enfrentam. O evento terá um encontro oficial na ALESP, 11 de abril, sexta-feira, a partir das 15h, e todo o restante da programação acontece na Nave Coletiva, no Cambuci, e contará com palestras, oficinas, reuniões estratégicas e atividades culturais.
Dentre os nomes confirmados, destacam-se a escritora e pesquisadora inglesa Alice Evans e a jornalista e escritora indiana Sohaila Abdulali, além de importantes personalidades brasileiras como a psicanalista Vera Iaconelli, a Secretária Nacional de Cuidados e Família, Laís Abramo, e a escritora e roteirista Tati Bernardi. O festival também contará com um bate-papo entre Tati Bernardi e Manuela d’Ávila sobre o novo livro da escritora, “A boba da corte”, seguido de uma sessão de autógrafos.
Um espaço de articulação e resistência
Idealizado pelo Instituto E Se Fosse Você, o Festival MEL é mais do que um encontro: é um espaço de articulação entre mulheres que ocupam espaços públicos, sejam eles institucionais ou não. O evento busca fortalecer redes feministas, impulsionar uma agenda progressista e discutir estratégias para ampliar a presença feminina nos espaços de poder.
O movimento MEL foi lançado em Brasília, em novembro do ano passado, reunindo mais de 250 mulheres ligadas à política. Agora, a proposta se expande para englobar mulheres de diversas áreas, promovendo debates que vão do feminismo interseccional, crise climática, cuidado mútuo, à economia sob a ótica das mulheres.
Na tarde de sexta-feira (11), antes da abertura oficial, um encontro preparatório que vai reunir cerca de 100 parlamentares de 17 diferentes estados e 10 partidos, na Assembleia Legislativa de São Paulo para debater estratégias de ação conjunta. À noite, a programação do festival começa com uma mesa de abertura potente, que trará Alice Evans e Sohaila Abdulali para discutir a crescente hostilidade contra as mulheres no mundo.
Convidadas internacionais e debates essenciais
Alice Evans, professora sênior do King’s College London, ganhou notoriedade mundial com sua pesquisa sobre a disparidade de gênero no cenário político. No MEL, ela apresentará ideias de seu livro “The Great Gender Divergence”, que analisa os avanços e retrocessos na igualdade de gênero ao redor do mundo.
Já Sohaila Abdulali, autora do impactante livro “Do que estamos falando quando falamos de estupro?”, compartilhará sua trajetória como sobrevivente de violência sexual e ativista. Seu trabalho discute a cultura da violência contra mulheres e questiona se é possível construir um mundo sem estupros.
Além dessas discussões, o festival contará com a participação da presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, no painel “Como é ser mulher e gestora de um dos principais bancos do país?”. Primeira mulher a presidir o BB em seus 216 anos de história, Tarciana compartilhará sua experiência na liderança de uma das maiores instituições financeiras do Brasil.
Arte, cultura e construção coletiva
Ao longo dos três dias de evento, o público poderá acompanhar painéis, oficinas e lançamentos de livros, além de encontros com influenciadoras e pensadoras feministas como Verônica Oliveira (Faxina Boa), Carolina Sardá, Juliana Furno, Márcia Tiburi, Sara Zara, Andressah Catty, Flávia Gato e lideranças do movimento negro como Fabiana Pinto, Valéria Lima e Daiane Pettine.
Também será lançado o podcast ElaPod, produzido por Carol Pires e a agência Zarabatana, que abordará a violência política de gênero e raça.
Para Manuela d’Ávila, presidenta do Instituto E Se Fosse Você?, o MEL será um espaço de diálogo, mas, acima de tudo, de articulação: “Este será um festival para debatermos nossa agenda, mas principalmente para organizarmos redes de apoio e ação entre mulheres que atuam em diferentes frentes – da política ao jornalismo, do ativismo à economia. Precisamos construir respostas coletivas para os desafios que enfrentamos diariamente.”
As inscrições para o evento estão abertas e podem ser feitas pelo site: www.mel.org.br
Sobre o Festival MEL
Mais do que um evento, o Festival Mulheres em Lutas é um espaço de construção coletiva. Durante três dias, mulheres de diversas áreas vão se reunir para transformar dores em lutas e sonhos em caminhos. Entre arte, debates e trocas de experiências, o MEL se propõe a ser um marco na mobilização feminina no Brasil, fortalecendo redes e criando estratégias para um futuro mais igualitário.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA :
Imprensa:
Marina Lopes Correa