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Zelensky acusa enviado de Trump de adotar “estratégia do lado russo“

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, de “disseminar narrativas russas”, após o diplomata americano fazer comentários controversos sobre as partes ocupadas da Ucrânia.

Em entrevista coletiva na quinta-feira (17), Zelensky acusou Witkoff de adotar a “estratégia do lado russo”.

“Acho muito perigoso porque ele está, consciente ou inconscientemente, não sei, disseminando narrativas russas. De qualquer forma, não ajuda”, afirmou ele.

O americano elogiou as recentes conversas que teve com o presidente russo, Vladimir Putin — seu terceiro encontro com o líder do Kremlin — em uma entrevista à Fox News na segunda-feira (14), descrevendo o encontro como “convincente”.

Witkoff disse à Fox News que qualquer acordo de paz na Ucrânia se concentrará nos “chamados cinco territórios”, referindo-se à Crimeia, península ucraniana anexada pela Rússia em 2014, e às quatro regiões continentais ucranianas ocupadas pela Rússia desde a invasão em larga escala em 2022 — Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson.

Essas quatro regiões foram anexadas ilegalmente durante a invasão e Kiev se opõe veementemente a entregá-las.

Desde então, o Kremlin realizou referendos sobre a adesão à Rússia nessas regiões, que foram amplamente descartados como uma farsa pela comunidade internacional.

A CNN já havia noticiado que a votação nas regiões havia sido realizada sob a mira de armas, com um morador afirmando que os resultados eram previsíveis.

Os comentários do americano na segunda-feira geraram acusações de que ele estava tentando imitar a linha de Moscou.

Oleksandr Merezhko, membro do parlamento ucraniano, disse à CNN na terça-feira (15) que Witkoff “com todo o respeito… pode estar inadvertidamente tentando promover narrativas pró-Rússia”.

Não é a primeira vez que o enviado de Trump é acusado de ecoar os discursos do Kremlin.

No mês passado, em uma longa entrevista com o apresentador de podcast Tucker Carlson, Witkoff elogiou um Putin “gentil” e rejeitou preocupações de longa data em toda a Europa de que o líder russo tentaria invadir mais territórios se tivesse a oportunidade.

Ele também afirmou que referendos nas quatro regiões continentais da Ucrânia anexadas pela Rússia mostraram que “a esmagadora maioria da população indicou que quer estar sob o domínio russo”.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

O conflito na Ucrânia, que começou com a invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022, continua sendo marcado por violência e mortes de civis.

Recentemente, dois mísseis balísticos russos atingiram Sumy, no norte da Ucrânia, matando 34 pessoas e ferindo 117. Este foi o ataque mais mortal na Ucrânia neste ano.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenou veementemente a ofensiva e fez um novo apelo por mais ações contra Moscou. Ele também pediu que o presidente dos EUA, Donald Trump, visitasse a Ucrânia.

Zelensky expressou dúvidas sobre o apoio contínuo dos Estados Unidos a longo prazo, embora reconheça que os EUA são um parceiro estratégico.

Os dois líderes tiveram uma reunião tensa no Salão Oval neste ano, marcada por uma troca de farpas diante da imprensa.

O presidente ucraniano pediu que os EUA participassem de um esforço internacional de paz, ajudando a proteger o espaço aéreo ucraniano.

A Rússia nega ter como alvo civis, mas milhares foram mortos e feridos desde o início da invasão.

Os russos atualmente controlam cerca de 20% do território ucraniano no leste e sul.

A Ucrânia está compartilhando informações sobre supostos crimes de guerra com parceiros internacionais, e o Tribunal Penal Internacional investiga os casos.

Sob a administração Trump, os EUA realizaram conversas com representantes russos e ucranianos em uma tentativa de acabar com as ofensivas.

Apesar de acordos de cessar-fogo terem sido anunciados, as duas partes continuam trocando ataques.

O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, se reuniu com Putin para discutir um acordo de paz, mas os ataques recentes vêm mostrando uma fragilidade dos esforços de paz e a continuidade do conflito.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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