Os últimos meses da vida do papa Francisco foram marcados por duras críticas à política imigratória adotada pelo governo dos Estados Unidos durante o mandato de Donald Trump. A morte do líder católico foi confirmada na manhã desta segunda-feira (21).
Em uma carta de fevereiro aos bispos americanos, o papa fez uma crítica contundente ao tratamento dado por Trump aos imigrantes, afirmando que “o ato de deportar pessoas que, em muitos casos, deixaram suas próprias terras por motivos de extrema pobreza, insegurança, exploração, perseguição ou grave deterioração do meio ambiente, fere a dignidade de muitos homens e mulheres”.
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, que se converteu ao catolicismo em 2019, reconheceu as críticas do papa no Café da Manhã Nacional de Oração Católica, realizado no fim daquele mês.
“Como vocês provavelmente já viram publicamente, o Santo Padre, o Papa Francisco, criticou algumas de nossas políticas em relação à imigração”, disse o vice-presidente.
“Mais uma vez, meu objetivo aqui não é litigar com ele ou qualquer outro membro do clero sobre quem está certo e quem está errado. Vocês obviamente conhecem minhas opiniões e eu falarei com eles consistentemente, pois acredito que preciso fazer isso porque serve aos melhores interesses do povo americano.”
O vice-presidente e o papa se encontraram brevemente no domingo de Páscoa, horas antes da morte do pontífice.
Embora o encontro de Vance com o papa tenha parecido amigável, o vice-presidente também se encontrou com altos funcionários do Vaticano no sábado (19) –um encontro que foi descrito pelo Vaticano como incluindo uma “troca de opiniões”.
O Vaticano afirmou que houve troca de opiniões sobre questões relativas a migrantes, refugiados e prisioneiros.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br