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“Não há hipótese de Bolsonaro virar o próximo presidente do Brasil”, diz estrategista político

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Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Para Arick Wierson, um dos responsáveis pela campanha de Michael Bloomberg para a prefeitura de Nova York, dificilmente o deputado ultrapassará a marca de 25% de apoio do eleitorado

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SÃO PAULO – O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) tem grandes chances de chegar ao segundo turno da corrida presidencial, mas dificilmente conseguirá derrotar seu adversário. Esta é a leitura que faz o estrategista político norte-americano Arick Wierson, da TZU, um dos responsáveis pela campanha do empresário Michael Bloomberg para a prefeitura de Nova York. O especialista em marketing político foi o convidado do programa InfoMoney Entrevista da última quarta-feira.

“Não sei se ele chegou ao teto, mas ele tem um teto. Dificilmente ultrapassa 25% da população. Portanto, para quem estiver na oposição, ele vai ser um alvo muito fácil. A não ser que tenha alguém de extrema-esquerda e o país precise decidir entre os extremos. Mas acredito que a tendência das coisas será diferente. Vai surgir alguém de centro-esquerda ou centro-direita, talvez um [Geraldo] Alckmin, mas acredito que não existe hipótese de Bolsonaro virar o próximo presidente do Brasil”, observou o estrategista norte-americano.

Embora tenha citado o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, Wierson acredita que o tucano terá grandes dificuldades, sobretudo para ter viabilidade eleitoral suficiente na primeira etapa da disputa. “O problema de Alckmin é chegar ao segundo turno. Mas, se chegar e tiver que enfrentar Bolsonaro, aposto nele. Mas o problema é chegar ao segundo turno, ter um bom desempenho no primeiro”, analisou.

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Do lado da esquerda, Arick acredita que o impasse no PT em função da situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode prejudicar este campo político como um todo. “Isso está atrapalhando a formação de coligações de esquerda no país. Se houvesse certeza absoluta de que Lula não poderia ser candidato, aí, eventualmente, ele próprio poderia designar Ciro, Marina ou alguém para unir a esquerda e se contrapor a Bolsonaro. Da forma como está andando, chegaremos a agosto, e até o TSE e outras entidades determinarem que Lula não pode se candidatar, talvez seja tarde demais para construir uma coligação de esquerda”.

Enquanto o PT estiver preso à imagem de Lula, o estrategista vê muitos entraves, mesmo para as alas mais pragmáticas do partido, para a construção de acordos formais com outras candidaturas, como tem sido especulado sobre o nome de Ciro Gomes.

Independentemente de quem será o escolhido pelos brasileiros para suceder o presidente Michel Temer pelos próximos quatro anos, já são esperados grandes desafios em termos de governabilidade. Com o Congresso mais fragmentado do mundo, não é simples lidar com a necessidade de múltiplas frentes de negociação com as bancadas.

Para Arick, as estratégias para a construção de governabilidade dependem muito do presidente eleito e de como ele chegou lá. “Se ele chegou lá através de diversas coligações, vai ser uma coisa. Agora, no caso de Bolsonaro, se ele ganhar a eleição, ele teria chegado sem muita base, então teria muitas dificuldades em fazer qualquer tipo de reforma. O Congresso só vai ser de oposição”, avaliou o estrategista.

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