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Acordos entre o Brasil e o Japão precisam de aval do Mercosul, diz Pfeifer

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A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Japão marca um momento significativo na retomada da agenda internacional brasileira, segundo o coordenador-geral do Grupo de Análise de Estratégia Internacional em Defesa, Segurança e Inteligência da Universidade de São Paulo (DSI-USP), Alberto Pfeifer.

O presidente brasileiro visita o Japão e o Vietnã com os olhos voltados para ampliar a relação do Brasil com a Ásia, em meio a um cenário geopolítico espinhoso e restrições comerciais, especialmente nos Estados Unidos.

Esta é a quinta vez que Lula visita o Japão. Pfeifer avalia como positiva a agenda, e destaca a importância histórica e estratégica das relações entre os dois países.

“O Japão, parceiro tradicional do Brasil, compartilha laços profundos que remontam à imigração japonesa iniciada em 1908. É uma relação muito rica e muito positiva. O Brasil abriga a maior comunidade japonesa fora do Japão, e os vínculos entre os dois países abrangem investimentos, cooperação tecnológica e intercâmbio cultural”, explica.

Para Pfeifer, a visita ocorre em um momento em que o Japão ocupa uma posição secundária na ordem internacional, com a China emergindo como o principal ator na região Ásia-Pacífico.

“Neste cenário, o aprofundamento das relações com o Japão pode representar uma estratégia de diversificação das parcerias internacionais do Brasil”, avalia.

Pfeifer observa que esta aproximação pode ser benéfica, especialmente considerando o atual contexto global, em que os Estados Unidos adotam posturas mais unilaterais e a China exerce crescente influência.

No entanto, ele alerta para um desafio significativo sobre uma possível negociação de um acordo comercial entre o Brasil e o Japão. “Qualquer acordo com o Japão passa pela dimensão do Mercosul”, ressalta.

Desafios do Mercosul

O coordenador do DSI-USP também destaca a complexidade da relação entre Brasil e Argentina, especialmente considerando o atual cenário político com Lula e o presidente argentino, Javier Milei, como desafios para os acordos comerciais.

“A dimensão do Mercosul, hoje, está enfraquecida, combalida, na qual a relação central Brasil e Argentina, Lula-Milei, é uma relação que não teve uma construção adequada para se permitir o desenvolvimento de agendas comuns”, afirma.

Apesar dos desafios, há expectativas positivas quanto aos possíveis avanços na relação bilateral entre Brasil e Japão. Pfeifer sugere que esta visita pode não apenas fortalecer os laços entre os dois países, mas também potencialmente “redinamizar o Mercosul”.

“A visita de Lula ao Japão, portanto, representa não apenas uma oportunidade de estreitar laços com um parceiro histórico, mas também um teste para a capacidade do Brasil de navegar complexidades diplomáticas e econômicas no cenário internacional atual”, conclui.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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