Um adolescente de Wisconsin supostamente matou os pais como parte de um complô para assassinar o presidente Donald Trump, informaram autoridades federais em documentos judiciais recentemente revelados.
Nikita Casap, de 17 anos, pediu o assassinato do presidente e a derrubada do governo dos EUA em documentos escritos e mensagens de texto encontrados pelos investigadores, segundo um depoimento federal obtido pela WISN, afiliada da CNN.
O suposto assassinato dos pais pareceu ser um esforço para obter “meios financeiros e autonomia” para executar o plano, disseram os investigadores.
Casap enfrenta nove acusações criminais, incluindo duas acusações de homicídio em primeiro grau e duas acusações de ocultação de cadáver, segundo o processo do Condado de Waukesha.
De acordo com o depoimento, os investigadores também estão processando três acusações federais: assassinato presidencial, conspiração e uso de armas de destruição em massa.
A CNN entrou em contato com os advogados de Casap para obter comentários. Ele ainda não apresentou contestação em nenhuma das acusações, segundo os registros do condado.
A mãe, Tatiana Casap, e o padrasto, Donald Mayer, foram encontrados mortos dentro de casa, com ferimentos de bala. As autoridades acreditam que foram mortos em 11 de fevereiro.
O Departamento de Polícia de WaKeeney, no Kansas, inicialmente prendeu Casap por roubar o SUV de seu padrasto e portar uma arma de fogo.
O Gabinete do Xerife do Condado de Waukesha obteve um mandado de busca e encontrou material no telefone de Casap relacionado à “Ordem dos Nove Ângulos”, que é “uma rede de indivíduos com visões extremistas de motivação racial neo-nazista”, segundo documentos judiciais.
Eles também encontraram fotos e comunicações que faziam referência a um manifesto autoproclamado sobre o assassinato do presidente, a fabricação de bombas e ataques terroristas, de acordo com os investigadores.
No veículo, o gabinete do xerife encontrou um cofre aberto, joias femininas, eletrônicos, cerca de US$ 14 mil (aproximadamente 82 mil reais) e documentos bancários.
Um documento de três páginas encontrado pelo FBI defendia o assassinato do presidente americano para criar uma revolução política nos EUA e “salvar a raça branca”.
“Quanto ao motivo, especificamente Trump, acho que é bastante óbvio. Ao se livrar do presidente e talvez do vice-presidente, isso certamente causará algum caos”, dizia um trecho do documento, segundo o depoimento.
O documento também continha imagens de Adolf Hitler, juntamente com o texto: “heil Hitler, salve a raça branca, salve a vitória”
O FBI também encontrou uma imagem e mensagens em seu telefone com informações sobre como usar um drone como função de ataque, segundo os documentos.
Ele pagou, pelo menos em parte, por um drone e explosivos para realizar um ataque, disseram os investigadores.
Eles também encontraram fotos da frente e do verso dos cartões de crédito e débito de Mayer, e o nome de usuário e a senha de uma conta bancária.
O colega de classe do jovem de 17 anos contou ao gabinete do xerife em março que Casap havia lhe dito que planejava matar os pais, mas não tinha acesso a uma arma, segundo o depoimento.
Casap posteriormente disse ao colega que faria amizade com alguém que tivesse uma arma e a roubaria, de acordo com o depoimento.
O documento do tribunal também afirma que Casap comentou ao colega que estava em contato com alguém na Rússia e que eles planejavam derrubar o governo dos EUA e assassinar Donald Trump.
Casap deve comparecer para acusação em 7 de maio, segundo o processo do tribunal do Condado de Waukesha.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br