O cardeal americano Robert Prevost foi eleito como o novo líder da Igreja Católica nesta quinta-feira (8), escolhendo o nome de Papa Leão XIV. Segundo o avaliou o analista de internacional da CNN Lourival Sant’Anna durante o CNN Prime Time desta quinta, a escolha reflete uma busca por equilíbrio entre as alas tradicionalista e reformista da Igreja, em um momento de tensões internas.
Leão XIV apresenta uma visão mais conservadora que seu antecessor, Francisco, em questões morais como homossexualidade, divórcio e planejamento familiar. No entanto, mantém uma postura reformista em temas sociais, seguindo os passos de Leão XIII, autor da encíclica “Rerum Novarum” sobre a dignidade do trabalho.
Experiência internacional e preocupação social
O novo pontífice traz consigo uma vasta experiência internacional, tendo trabalhado por 20 anos com comunidades pobres no Peru. Sua vivência na América Latina moldou sua visão sobre questões sociais e econômicas, refletindo uma preocupação com os excluídos e marginalizados.
Além do inglês, Leão XIV fala espanhol, francês e português, demonstrando uma abertura para o diálogo intercultural. Sua formação agostiniana coloca a amizade como um valor central, buscando aproximar-se dos fiéis e promover o entendimento entre diferentes culturas.
Desafios de gestão e conciliação
Como ex-responsável pela nomeação e destituição de bispos, Leão XIV possui um profundo conhecimento da estrutura eclesiástica. Essa experiência será crucial para enfrentar os desafios de gestão da Igreja, incluindo questões financeiras e casos de corrupção.
A eleição de Leão XIV representa uma tentativa de conciliação entre o “mundo rico” e o “sul global”, bem como entre as alas conservadora e progressista da Igreja. Seu perfil busca atrair os conservadores de volta ao diálogo, enquanto mantém as reformas na questão social iniciadas por seu antecessor.
O pontificado de Leão XIV se inicia em um momento crucial para a Igreja Católica, que busca renovação e unidade em meio a desafios contemporâneos. A comunidade católica e o mundo observam com expectativa como o novo Papa conduzirá a Igreja neste período de transformações globais.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br