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Artigo: Os desafios da frente ampla, por Mário Teruya

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Mário Teruya*

O governo de frente ampla liderado pelo Presidente Lula vai bem. Pesquisas indicam que a aprovação do governo está subindo. A economia, mesmo com o boicote de Campos Neto, que mantém os juros nas alturas, deve crescer 3% ao longo deste ano. Uma surpresa para a mídia corporativa e mesmo para parte dos petistas e de outros aliados do governo. Alguns comentaristas midiáticos que representam os interesses da Faria Lima atribuem esse crescimento à sorte do presidente, como ocorreu em seus dois primeiros mandatos. Que bom para o país ter um presidente tão “sortudo”!

            A oposição de extrema-direita, por outro lado, mantém seu estilo nefasto de espalhar fake News. Não respeitam nem a tragédia ambiental-social que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul. Além disso, essa oposição truculenta de extrema-direita também conhece muito bem os atalhos institucionais e apostam nas eleições municipais do próximo ano. Esperam eleger milhares de vereadores e prefeitos porque sabem que estes são os maiores cabos eleitorais para a campanha proporcional de 2026, quando pretendem aumentar ainda mais seus representantes no Congresso Nacional. Se o Congresso atual é um dos mais fisiológicos e conservadores da história republicana, corre o risco de piorar ainda mais. A narrativa que criminaliza a política partidária, uma hipocrisia estratégica para neutralizar o avanço de candidatos progressistas, foi um mantra repetido à exaustão ao longo dos últimos anos com o apoio da mídia corporativa. O antipetismo cresceu na esteira dessa narrativa udenista. E o lavajatismo que despertou o fascismo influenciou até mesmo setores da “esquerda radical” que acredita no purismo ideológico como opção à política aliancista do campo majoritário que comanda o PT.

            Lula tem consciência dos enormes desafios que precisa superar para consolidar seu projeto democrático e popular. Um passo importante será  garantir boa participação do campo progressista nas eleições municipais de 2024, em especial em grandes urbanos como a cidade de São Paulo. Assim conseguirá aumentar a bancada progressista nas eleições de 2026, essencial para conseguir avançar nas pautas sociais caso consiga se reeleger ou eleger seu sucessor. Neste mandato já teve que fazer uma reforma ministerial para garantir maioria no Congresso, o que desagradou parte de sua “base de esquerda”.  Muitos desses setores que o criticaram deveriam se preocupar mais com as eleições do próximo ano, sobretudo em cidades do interior paulista onde boa parte do eleitorado foi capturado pela retórica da extrema-direita. O voto é a principal instrumento da democracia. Nesse sentido, a esquerda e o campo progressista precisam se preparar mais concretamente para conquistar o voto do eleitor incauto e distante dos debates políticos. Só assim nossa ainda frágil democracia irá contribuir para o desenvolvimento social e econômico do país.

*Membro do PT-Marília

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