Nas últimas semanas, casos de ataques de pitbulls a pedestres e ciclistas reacenderam o debate sobre a posse responsável de cães de grande porte. Em diversas cidades brasileiras, episódios de agressões envolvendo essa raça têm gerado comoção e levantado questões sobre medidas preventivas e a legislação vigente.
O pitbull, uma raça conhecida por sua força e resistência, pode ser extremamente dócil quando criado em ambientes adequados e sob cuidados responsáveis. No entanto, sua capacidade física, quando combinada com falta de treinamento ou negligência dos tutores, pode resultar em ataques severos. As vítimas frequentemente enfrentam ferimentos graves, necessidade de cirurgia reparadora e impactos psicológicos duradouros, como ansiedade e medo de cães.
Em Marília, no interior de São Paulo, um caso recente chamou atenção da comunidade. Um adolescente foi atacado por dois pitbulls soltos na rua e precisou de atendimento médico emergencial. Segundo familiares, a vítima sofreu profundas lesões nas pernas e braços, necessitando de vários pontos de sutura. O dono dos cães pode ser responsabilizado judicialmente por omissão de cautela, conforme previsto no Código Penal.
Nesta semana, na mesma cidade, um pitbull escapou da residência por negligência do proprietário e atacou uma mulher, que teve mutilação dos dedos dado o instinto feroz do animal.
Especialistas alertam para a necessidade de regulamentação mais rígida, incluindo uso obrigatório de focinheira em vias públicas e campanhas de conscientização sobre adestramento e socialização dos animais. Enquanto defensores da raça enfatizam que o comportamento do cão depende do ambiente e da criação, algumas cidades estudam a adoção de leis mais rigorosas para evitar novos incidentes.
O episódio reforça a importância do debate sobre posse responsável e medidas preventivas para garantir a segurança de todos. Afinal, a convivência entre humanos e animais exige cuidado, respeito e responsabilidade dos tutores.