De barbas espessas a bigodes meticulosamente alinhados, são muitos os homens que, atualmente, optam por não ostentar um rosto lisinho. Porém, segundo a ciência, há uma quantidade ideal de pelos faciais que transmite confiabilidade e charme.
Um estudo conduzido por cientistas da Pontifícia Universidade Católica do Panamá afirma ter descoberto o tipo de pelos faciais que as mulheres acham mais atraentes. Segundo a pesquisa, é a barba rala – também conhecida como a famosa “barba por fazer” – a mais apreciada.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores mostraram a 171 participantes fotos de homens com aparência mais jovem ou mais velha que tinham sido manipuladas digitalmente para apresentar três versões: ter um rosto bem barbeado, barba por fazer ou barba cheia. Então, usaram um jogo econômico para avaliar o quanto os participantes confiavam em cada rosto.
Os resultados mostraram que, para os homens mais jovens, a barba por fazer aumenta a atratividade percebida – o que, por sua vez, faz com que os homens pareçam mais confiáveis. No entanto, o mesmo não ocorreu com os homens mais velhos.
“Apesar das crenças populares e do discurso online sugerirem que as barbas aumentam universalmente a atratividade ou a confiabilidade masculina, nossas descobertas indicam que apenas homens mais jovens com barba por fazer mostraram benefícios significativos nesse sentido“, observaram os cientistas no estudo publicado na revista científica Acta Psychologica.
Embora limitadas a homens mais jovens, as descobertas estão alinhadas com outros estudos, que relatam maior atratividade de barbas ralas em comparação a barbas cheias. Pedro Pascal, Cauã Raymond e Renato Góes são alguns dos famosos que fazem sucesso pela aparência e que podem comprovar a teoria.
Barba, a “maquiagem do homem”
A barba masculina tem sido extensivamente pesquisada, com estudos anteriores encontrando ligações com atributos como dominância e competência. No caso do estudo panamenho, a pesquisa confirmou a impressão generalizada de que a barba tem a função de “maquiagem do homem” – especialmente na forma de barba por fazer.
Os pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Panamá dizem que as descobertas têm implicações práticas em dois níveis. “Uma barba por fazer pode servir como uma possível estratégia eficaz para homens que buscam aumentar a percepção de atratividade e confiabilidade. E em um nível mais amplo, figuras públicas em áreas que vão da política ao ambiente corporativo podem usar esse insight para aumentar sua influência”, ressaltam.
No entanto, os cientistas alertam para a necessidade de gestores terem uma visão mais imparcial e desconsiderarem a atratividade ou a confiabilidade percebida com base na aparência ao avaliar clientes, candidatos a promoção ou cargos públicos.
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Fonte: www.cnnbrasil.com.br