A Guararapes, empresa-mãe da Riachuelo, anunciou um lucro líquido de R$ 249 milhões no quarto trimestre de 2024, representando um crescimento de 8,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia atingiu um recorde histórico de R$ 1,5 bilhão, um aumento de 38% em relação a 2023.
André Farber, CEO da Riachuelo, destacou ao CNN Money que a empresa está passando por um processo de transformação significativo.
“Estamos ajustando o produto, o preço e a experiência, além de melhorar a integração entre nossa fábrica e o varejo”, afirmou o executivo.
O executivo ressaltou o crescimento expressivo nas vendas em mesmas lojas, que aumentaram 14% no quarto trimestre e 11,3% no ano, acompanhado de uma expansão de margem de 1,3% e 2 pontos percentuais, respectivamente.
Estratégias para o futuro
Farber delineou três pilares essenciais para o próximo ciclo da empresa:
- Experiência: Melhorar o produto, revitalizar a marca Riachuelo e investir na experiência de loja e e-commerce;
- Gestão e eficiência: Explorar melhor a integração entre a fábrica e o varejo, além de otimizar o desempenho da Midway, o braço financeiro do conglomerado;
- Alocação de capital disciplinada: Foco no retorno sobre investimentos e continuidade do processo de desalavancagem.
A Guararapes reduziu significativamente sua dívida líquida, passando de R$ 1,7 bilhão para menos de R$ 500 milhões no último ano. O objetivo é encerrar o próximo ano com caixa líquido, sem dívidas.
Desafios e oportunidades
Apesar do cenário econômico desafiador, com expectativas de desaceleração e juros elevados, Farber mantém-se otimista.
“Mesmo com os desafios do mercado, a Riachuelo está preparada para continuar seu ciclo de crescimento”, afirmou.
A empresa planeja manter o ritmo de abertura de 15 a 20 lojas por ano, focando na melhoria da experiência do cliente como principal estratégia para impulsionar as vendas e a fidelização.
Quanto à concorrência, especialmente do comércio eletrônico transfronteiriço, Farber destacou a necessidade de um sistema tributário mais justo para as empresas brasileiras, mas ressaltou a capacidade da Riachuelo de continuar crescendo mesmo diante desses desafios.
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Fonte: www.cnnbrasil.com.br