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Collor sofreu 1° impeachment da redemocratização após caso de corrupção

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O ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedir a prisão imediata do político.

O envolvimento num caso de corrupção ligado a antiga BR Distribuidora, atual Vibra, não é a primeira polêmica na qual Collor é envolvido (leia mais abaixo).

Em 1992, o primeiro presidente eleito por voto direto após o fim da ditadura militar foi também o primeiro a sofrer impeachment desde a redemocratização.

Relembre caso de impeachment

Em 1992, Pedro Collor, o irmão do então presidente, denunciou em entrevista à revista Veja um esquema de tráfico de influência e irregularidades financeiras no governo liderado por Paulo César Siqueira Cavalcante Farias, o PC Farias, ex-tesoureiro da campanha de Collor.

O Congresso Nacional, então, instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o esquema do “testa de ferro” de Collor. Pedro depôs à CPI.

Aos parlamentares, Eriberto França, então motorista de Collor, indicou que PC Farias era responsável por realizar depósitos para a secretária do presidente, Ana Acioli. Mais tarde, ele declararia que era o ex-tesoureiro quem pagaria as contas da Casa da Dinda, a residência de Collor.

Em meio à CPI, veio à tona a compra de um Fiat Elba Weekend 1991 em nome do então presidente. O veículo teria sido adquirido com dinheiro desviado por PC Farias por José Carlos Bonfim, um funcionário fantasma.

As ruas do país foram tomadas por estudantes que, vestidos de preto, cujo movimento ficaria conhecido como “caras-pintadas”.

O descobrimento do Fiat Elba e a pressão popular moveram o Ministério Público a denunciar Collor e o Congresso a abrir o processo de impeachment contra o então presidente.

Collor foi afastado do cargo em outubro, e em dezembro renunciou, buscando evitar o processo e preservar seus direitos políticos.

A tentativa foi frustrada e, no dia seguinte à renúncia, o impeachment foi aprovado e Collor foi condenado à perda do mandato e à inelegibilidade por oito anos.

Em 2014, porém, Collor foi absolvido pelo STF da acusação de desvio de recursos públicos por falta de evidências.

Pedido de prisão

Na noite desta quinta-feira (24), Moraes rejeitou um segundo recurso da defesa de Collor contra a condenação do ex-presidente por envolvimento num esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da BR Distribuidora.

Em 2023, a Corte havia condenado o ex-presidente por participação num esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que facilitava a celebração de contratos para a empresa.

Conforme a decisão de quinta, ficou provado que o ex-presidente, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

A vantagem foi dada em troca de apoio político para indicação de diretores da ex-estatal.

Collor deverá cumprir oito anos e dez meses de prisão em regime inicial fechado por participação no esquema de corrupção.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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