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Consignado privado pode chegar a R$ 120 bi nos primeiros meses, diz governo

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) espera que o Crédito do Trabalhador, nova modalidade de empréstimo consignado para empregados da iniciativa privada, movimente até R$ 120 bilhões nos primeiros meses de negociação. Esse número diz respeito, principalmente, à renegociação de dívidas.

A CNN apurou que a expectativa é de que aproximadamente R$ 40 bilhões venham da migração do crédito privado atual, enquanto entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões deverão ser transferidos do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) — que tem taxas mais altas — para a nova linha de crédito com condições mais vantajosas.

O MTE acredita que o programa ganhará mais tração quando o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovar a destinação de 10% do saldo do fundo de cada trabalhador como garantia para os empréstimos.

Essa medida ainda depende da aprovação do Conselho, com a próxima reunião marcada para 15 de abril. Embora a pauta ainda não esteja definida, esse encontro pode ser fundamental para a implementação completa do programa e aumentar o apetite dos bancos.

De acordo com os dados da Dataprev, nos três primeiros dias de programa, entre 21 e 24 de março, foram realizados 22.545 contratos e feitas 52,5 milhões de simulações na plataforma digital.

O ministro em exercício, Francisco Macena, alertou os trabalhadores a terem cautela na contratação, destacando a importância de aguardar 24 horas para garantir propostas com melhores condições, como juros mais baixos.

“O objetivo desse consignado é ajudar a evitar o endividamento dos trabalhadores“, pontuou.

Segundo as regras, a prestação mensal do empréstimo não poderá ultrapassar 35% do salário do trabalhador, e ele pode escolher usar o FGTS como garantia.

Caso o trabalhador desista do empréstimo, ele terá sete dias corridos, após o recebimento do crédito, para devolver o valor total.

Atualmente, a modalidade está disponível exclusivamente na Carteira de Trabalho Digital, com a previsão de que todos os bancos possam oferecer o crédito em suas plataformas digitais a partir de 25 de abril — inclusive as migrações só poderão ser feitas a partir desta data.

Lançado em 12 de março e oferecido aos trabalhadores a partir de 21 de março, o Crédito do Trabalhador visa beneficiar cerca de 47 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores domésticos, rurais e empregados de microempreendedores individuais (MEIs), que até hoje estavam fora do alcance do crédito consignado privado.

Pela proposta original, o trabalhador pode usar até 10% do saldo no FGTS e até 100% da multa rescisória como garantia de pagamento.

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Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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