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Copa do Mundo: trabalhador morre em obra de estádio na Arábia Saudita

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Um trabalhador morreu no canteiro de obras do Estádio Aramco na Arábia Saudita, uma das sedes programadas para receber a Copa do Mundo FIFA de 2034.

O Grupo Besix, empresa de construção responsável pelo projeto em Al Khobar, confirmou em comunicado ao CNN Esportes que “um trabalhador infelizmente perdeu a vida” no local do estádio em 12 de março.

“Temos operado neste local há vários meses em estreita parceria com nossa parceira de joint venture Al Bawani, seguindo procedimentos de segurança detalhados e validados que têm se mostrado consistentemente eficazes”, afirmou o comunicado.

“O incidente em questão está atualmente sob investigação minuciosa pelas autoridades, e estamos cooperando totalmente para determinar as circunstâncias exatas. No interesse da investigação, não forneceremos mais comentários neste momento.”

A Besix acrescentou que tem “uma longa tradição de transparência” quando se trata de “garantir e promover os direitos dos trabalhadores migrantes.”

O CNN Esportes entrou em contato com a Al Bawani, a FIFA e o comitê organizador da Copa do Mundo de 2034 para mais comentários sobre a morte do trabalhador.

O Estádio Aramco, localizado no leste da Arábia Saudita, tem previsão de conclusão para 2026. O local com capacidade para 47.000 espectadores é um dos 15 locais programados para receber jogos da Copa do Mundo, além de sediar jogos da Copa da Ásia em 2027.

Copa de 2034

A Arábia Saudita foi confirmada como sede da Copa do Mundo de 2034 em dezembro, como parte de um esforço mais amplo do país para investir em esportes e diversificar a economia.

Isso tem significado um pesado investimento em projetos de infraestrutura, que inclui a construção ou renovação dos 15 estádios-sede e a criação de 185.000 novos quartos de hotel.

Diretos Humanos

No entanto, grupos de direitos humanos alertaram sobre o potencial custo humano significativo associado à realização do torneio na Arábia Saudita. Muitos trabalhadores migrantes ainda existem no sistema de patrocínio “Kafala”, que vincula as pessoas a um empregador específico.

A Human Rights Watch (HRW) disse em um comunicado em junho que os funcionários são “vulneráveis a abusos generalizados, incluindo substituição de contratos, taxas de recrutamento exorbitantes, não pagamento de salários, confisco de passaportes por empregadores e trabalho forçado.”

Apesar de uma série de reformas anunciadas pela Arábia Saudita nos últimos anos, os empregadores “ainda mantêm controle desproporcional sobre os trabalhadores”, disse a HRW.

No ano passado, o chefe da candidatura da Arábia Saudita à Copa do Mundo de 2034, Hammad Albalawi, disse que o país avançou muito em termos de direitos humanos nos últimos anos.

“Percorremos um longo caminho e ainda há muito a percorrer. Nosso princípio é desenvolver algo que seja certo para nós. Nossa jornada começou em 2016, não por causa da candidatura à Copa do Mundo”, disse Albalawi à Reuters.


Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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