O advogado do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou nesta quinta-feira (22) que a imposição da lei marcial por Yoon em dezembro foi planejada como uma “correção” e não como “lei marcial completa”. A afirmação ocorreu em meio a uma audiência do julgamento de impeachment do presidente, que está afastado.
O Tribunal Constitucional começou seu julgamento em 27 de dezembro para revisar as acusações de que Yoon violou seu dever constitucional ao impor a lei marcial sem justificativa. O ponto central da defesa de Yoon é que ele nunca teve a intenção de iniciar um governo militar, e que usou o decreto apenas para quebrar o impasse político.
“[Yoon] declarou lei marcial no processo de correção do governo e subversão da constituição nacional”, afirmou o advogado. “Então, o decreto foi feito como uma formalidade, ele não pensou a fundo. É assim que eu entendo. Ele não pretendia uma lei marcial completa.”
Kim Yong-hyun, ex-ministro da Defesa de Yoon e também acusado de insurreição por seu papel na breve lei marcial, testemunhou perante o tribunal do país, que está decidindo se deve restabelecer ou remover completamente Yoon do poder após seu afastamento em 14 de dezembro.
Mais cedo na quinta-feira, a agência anticorrupção da Coreia do Sul transferiu seu caso aos promotores, recomendando que indiciassem Yoon por insurreição e abuso de poder. O advogado do presidente acrescentou que eles ainda não decidiram se vão cooperar com a investigação dos promotores.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br