Corinthians apresentou um plano para o pagamento de R$ 367 milhões de sua dívida nos próximos dez anos. A proposta foi enviada na última segunda feira à Justiça de São Paulo, que cuida do Regime Centralizado de Execuções (RCE), de acordo com informações do UOL. O clube procurou esse mecanismo no final de 2024.
O plano corintiano engloba apenas os valores devidos para empresários, fornecedores e jogadores (com direitos de imagem a serem recebidos). Nesse valor, não entra a dívida tributária e nem o financiamento da Neo Química Arena.
Divisão da receita
A ideia é destinar 4% das receitas recorrentes mensais para o pagamento dos credores que estão istados no RCE. Dessa forma, o Corinthians conseguiria honrar os compromissos e seguir operando normalmente.
Dentro das receitas recorrentes não entra apenas a venda de jogadores. Os direitos de TV, patrocínos, entre outros, estão englobados.
Quando receber valores das transferências de jogadores, o clube vai destinar 5% do valor para leilões reversos.
Nos leilões reversos, os credores vão oferecer descontos das dívidas e quem oferecer o maior redução, receberá prioridade no recebimento. O desconto mínimo é de 30%.
Como a dívida total está
O Corinthians reforçou as dificuldades enfrentadas nos últimos anos e detalhou o seu endividamento.
- Dívida tribuária: R$ 817 milhões
- Financiamento da Neo Química Arena com a Caixa: R$ 677 milhões
- Dívidas cíveis e tributárias: R$ 926 milhões (apenas R$ 367 milhões estão listados no RCE)
O clube se comprometeu a realizar um controle orçamentário para cumprir o planejamento e pagar todos os débitos.
Prioridade
Idosos, pessoas com doenças graves e credores com renda abaixo de 60 salários mínimos terão prioridade no recebimento dos valores.
Os credores parceiros, ou seja, os que continuarem a prestação de serviço ou o fornecimento após o pedido do RCE terão benefícios no recebimento. A ideia é que eles recebam 50% do valor mensal destinado ao pagamento.
Aprovação e execução
A proposta ainda precisa ser aprovada pela Justiça para entrar em vigor.
O plano diz que após 45 dias corridos após a aprovação, o Corinthians começa a colocar os pagamentos em prática.
A dívida vai ser corrigida pela inflação acompanhando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com a meta de quitar 60% dela em seis anos.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br