A violência contra a mulher no Brasil é uma epidemia silenciosa que atravessa todas as camadas sociais e exige uma resposta firme da sociedade e das autoridades. Apesar dos avanços legislativos, como a Lei Maria da Penha e a criação de delegacias especializadas, os números continuam alarmantes. O Brasil registra um dos maiores índices de feminicídio do mundo, reflexo de uma cultura que ainda naturaliza a agressão contra mulheres.
Os casos de violência doméstica, assédio e abuso são, muitas vezes, subnotificados, seja pelo medo da vítima, pela falta de confiança nas instituições ou pela ausência de suporte adequado. Campanhas de conscientização são essenciais, mas precisam ser acompanhadas de políticas públicas eficazes e de uma mudança estrutural na forma como a sociedade enxerga a violência de gênero.
A impunidade é um dos combustíveis desse problema. Quando um agressor não é punido de maneira justa e célere, a mensagem transmitida é a de que a violência pode continuar. É necessário fortalecer as redes de apoio às vítimas, garantir atendimento psicológico e jurídico acessível e promover a educação desde cedo para desconstruir padrões machistas que perpetuam essa realidade.
Acima de tudo, a luta contra a violência não pode ser apenas das mulheres. É uma responsabilidade coletiva. O silêncio e a omissão também matam. Portanto, é dever de todos denunciar, apoiar e exigir mudanças efetivas. O Brasil só será um país verdadeiramente justo e igualitário quando todas as mulheres puderem viver sem medo.
