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Denúncias de deportados pelos EUA são “muito graves“, diz ministra

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A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, classificou como “muito grave” os relatos dos brasileiros deportados pelos Estados Unidos que desembarcaram neste sábado (25) no Aeroporto Internacional de Confins-Belo Horizonte.

“Tivemos em uma mesma aeronave famílias, crianças com autismo, com algum tipo de deficiência, que passaram por situações muito graves“, afirmou Macaé.

A ministra recebeu em Confins um grupo de 84 brasileiros deportados pelo governo americano. Outros quatro já haviam desembarcado em Manaus – assim, o grupo era composto por 88 pessoas.

“Os países tem suas políticas imigratórias, mas suas políticas imigratórias não podem violar os Direitos Humanos”

Macaé Evaristo

Na noite de sexta-feira (24), o voo com 88 brasileiros pousou no Aeroporto Internacional de Manaus ao invés de ir diretamente para Confins.

A CNN apurou que o avião pousou em Manaus para fazer um reabastecimento. Porém, durante o procedimento, apresentou problemas técnicos no ar-condicionado, causando um princípio de tumulto entre os passageiros, levando o cancelamento do prosseguimento a Minas.

O grupo só chegou a Confins na noite deste sábado, após o governo brasileiro disponibilizar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportá-los. Quatro já haviam desembarcado em Manaus, enquanto 84 seguiram para Minas.

Os brasileiros estavam sendo transportados algemados pelos EUA. Já no Brasil, o Ministério da Justiça determinou a retirada das algemas, classificadas pela pasta como um “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”.

Já em Confins, brasileiros relataram problemas com alimentação, falhas técnicas, maus-tratos e agressões no voo americano.

“As denúncias que nos chegaram são muito graves”, reiterou Macaé.

“Em Manaus, eles relataram que foram mais de 4 horas na aeronave fechada. O calor estava insuportável”, acrescentou.

Com todo o grupo já desembarcado, a ministra disse que o foco do trabalho da pasta, agora, são as ações acolhimento.

O governo federal já tem o contato de todos os 88 deportados e orientou que denúncias fossem feitas ao Ministério dos Direitos Humanos, pelo Disque 100.

Sobre a expectativa de mais voos com deportados, a ministra afirmou que já estão sendo pensadas ações para este cenário.

“Se a gente tiver uma escalada desses vooos em Confins, vamos trabalhar para ter um posto de atendimento humanitário para esses brasileiros”, declarou.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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