O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), celebrou, nesta terça-feira (3), a vitória do filme “Ainda Estou Aqui” no Oscar 2025, na categoria de “Melhor Filme Internacional”. Em publicação nas redes sociais, Dino afirmou que a conquista destaca a “grandiosidade da cultura brasileira”.
“Por meio de múltiplos prêmios, entre os quais o Oscar, as formas literária e cinematográfica – entrelaçadas – sublinharam a grandiosidade da CULTURA brasileira”, publicou o ministro no Instagram.
Dino também parabenizou a equipe responsável pelo filme.
“Celebramos com Walter Salles, Fernanda Torres, Selton Mello e todos os demais fazedores dessa vitória tão especial. E, claro, com a base desse monumental edifício artístico: o livro de Marcelo Rubens Paiva”, completou o ministro.
Essa foi a primeira vez que o Brasil conquistou uma estatueta do Oscar em 97 edições da premiação.
Dirigido por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” é um drama baseado na história do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva durante o regime militar. O longa foi a quarta indicação do país na categoria de “Melhor Filme Internacional”.
Além disso, a atriz Fernanda Torres fez história ao se tornar a segunda brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz.
Discussão sobre Anistia
Na segunda-feira (24), Dino também afirmou que o filme “Ainda Estou Aqui” renovou o debate sobre a Lei da Anistia no país. Segundo ele, tanto a obra cinematográfica quanto o livro tem “grande mérito” de ter recolocado a pauta em debate.
O ministro relatou um caso julgado pelo Supremo recentemente, que discutia se a Lei da Anistia inclui crimes de ocultação de cadáver cometidos durante a ditadura militar e que permanecem sem solução.
O plenário virtual reconheceu a repercussão geral do tema. Com isso, o plenário da Corte julgará posteriormente o mérito da decisão.
“Na decisão, inclusive, menciono o livro, do Marcelo Rubens Paiva, o filme, do Walter Salles, e a gigantesca interpretação da Fernanda Torres, como elementos de reflexão que atualizam o debate”, afirmou Dino em entrevista coletiva.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br