A declaração de Felipe, técnico interino do Vasco, sobre o zagueiro Manuel Capasso chamou a atenção dos torcedores. Ele deixou claro que o argentino não será utilizado em hipótese alguma. A Itatiaia procurou pessoas do clube para entender os motivos do “afastamento” do defensor.
Capasso treina no mesmo horário dos companheiros, mas nunca com o elenco. Por questões contratuais, o atleta não pode treinar separado dos demais profissionais. Mas até mesmo o ambiente para ele no elenco não é dos melhores.
Em algumas ocasiões, ele fez postagens nas redes sociais após derrotas que irritaram os companheiros.
Junta-se isso às diversas negativas de Capasso em deixar o Vasco com propostas em mãos. Até mesmo quando foi para Olímpia-PAR, no ano passado, o convencimento foi difícil. Ele não queria deixar o Rio de Janeiro, mas acabou topando jogar no Paraguai.
Em seu retorno, foi avisado que não seria utilizado e, desde então, ele vem cumprindo seu contrato. A Itatiaia apurou que o jogador recebe anualmente cerca de 400 mil dólares (cerca de R$ 2,2 milhões).
Na proposta do Peñarol, do Uruguai, Capasso pediu quase o triplo, com valores que ultrapassavam 1 milhão de dólares anuais (cerca de R$ 5,6 milhões).
O clube uruguaio tinha interesse na chegada do defensor, que foi titular no Olímpia, para substituir Guzmán Rodriguez, que foi para o Red Bull Bragantino. Mesmo assim, o jogador não aceitou manter o mesmo salário.
Outros clubes de menor expressão, como Platense-ARG e o Paysandú, buscaram o jogador, mas nada avançou. O Estudiantes-ARG chegou a sondar dirigentes do Vasco, mas oficialmente não apresentou uma oferta. O Sochi, da Rússia, também demonstrou interesse.
Recado para torcida
Capasso coleciona polêmicas. No ano passado, ao marcar no jogo contra o Boavista, com o time alternativo pelo Carioca, fez sinal de silêncio para os torcedores em São Januário, o que novamente irritou diretoria e alguns companheiros. O jogador, apesar de ambientado à cidade, não tem clima com o elenco.
Ele tinha proximidade com Luca Orellano, que deixou o Vasco após não se adaptar à cidade e foi negociado com o FC Cincinnati, dos Estados Unidos. De lá para cá, o jogador apenas treina e pouco conversa com os companheiros de clube.
Clube descarta qualquer ganho
Além de todos os problemas causados por Capasso, as negativas para deixar o clube fizeram a diretoria descartá-lo como um ativo. Isto porque ele tem contrato até dezembro e em dois meses já pode assinar um pré-contrato com interessados.
Sem jogar e um desempenho ruim quando entrou em campo, o defensor argentino se desvalorizou, e a diretoria entende que ninguém vai dispor de qualquer quantia agora para levar o atleta.
O Vasco não descarta uma rescisão no meio do ano, como em casos feitos com Zé Gabriel e De Lucca. Dos jogadores fora dos planos, sobrou apenas o argentino e o lateral Riquelme.
Aproveitamento ruim
Outro fator que também fez Capasso ser totalmente descartado é o pífio desempenho quando ele joga. São 16 jogos pelo Vasco com três vitórias, quatro empates e nove derrotas. No entendimento da diretoria, ele também acumula falhas. Todos os sete jogos da Série A em que ele foi titular, o time carioca foi derrotado.
Ele não foi titular com Maurício Barbieri, Ramon Diaz e Fábio Carille. Com Barbieri, até iniciou jogando, mas o fraco desempenho fez o argentino perder a vaga para o jovem Miranda. O defensor oriundo das categorias de base também não está mais no Cruzmaltino.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br