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EUA podem cortar acesso à internet na Ucrânia, dizem fontes

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Negociadores dos EUA que estão pressionando Kiev por acesso aos minerais críticos da Ucrânia levantaram a possibilidade de cortar o acesso do país ao vital sistema de internet via satélite Starlink de Elon Musk, disseram três fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.

O acesso contínuo do país europeu ao serviço de propriedade da SpaceX foi levantado em discussões entre autoridades americanas e ucranianas depois que o presidente Volodymyr Zelensky recusou uma proposta inicial do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, relataram as fontes.

O Starlink fornece conectividade de internet crucial para a Ucrânia, devastada pela guerra.

A questão foi levantada novamente na quinta-feira (20) durante reuniões entre Keith Kellogg, o enviado especial dos EUA para o país, e Zelensky, relatou uma das fontes, que foi informada sobre as negociações.

Durante a reunião, a Ucrânia foi informada de que enfrentaria o desligamento iminente do serviço se não chegasse a um acordo sobre minerais críticos, segundo a fonte, que pediu anonimato para discutir negociações fechadas.

“A Ucrânia opera com Starlink. Eles a consideram sua Estrela do Norte”, comentou a fonte. “Perder a Starlink… seria um golpe enorme.”

Depois que a Reuters publicou a história, Musk postou no X que o artigo era “falso” e “a Reuters está mentindo”. Contatado pela agência de notícias para obter detalhes, Elon Musk não respondeu imediatamente.

Um porta-voz da Reuters afirmou que a agência de notícias mantém sua reportagem.

Zelensky rejeitou as demandas do governo Trump por US$ 500 bilhões em riqueza mineral da Ucrânia para pagar Washington pela ajuda em tempo de guerra, alegando que os EUA não ofereceram garantias de segurança específicas.

Na sexta-feira (21), o presidente ucraniano comentou que as equipes americanas e ucranianas estavam trabalhando em um acordo. Donald Trump falou que espera que um acordo seja assinado em breve.

Elon Musk levou milhares de terminais Starlink para a Ucrânia para substituir os serviços de comunicação destruídos pela Rússia após sua invasão em fevereiro de 2022.

Aclamado na época como um herói no país europeu, Musk já restringiu o acesso pelo menos uma vez, no outono de 2022, quando se tornou mais crítico em relação à forma como Kiev lidou com a guerra.

Elon Musk fala sobre a Starlink durante o Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, Espanha • REUTERS

O vice-primeiro-ministro da Polônia comunicou no sábado (22) que seu país estava pagando pela assinatura Starlink da Ucrânia e continuará pagando.

Os legisladores americanos estão divididos sobre os esforços de Trump para encontrar um fim rápido para a guerra e alguns levantaram questões sobre os esforços rápidos de Musk para abater milhares de funcionários federais e fechar agências federais.

Melinda Haring, membro sênior do Atlantic Council, falou que a Starlink era essencial para a operação de drones da Ucrânia, um pilar fundamental de sua estratégia militar.

“Perder a Starlink seria uma virada de jogo”, analisou Haring, observando que o país europeu estava agora semelhante a Rússia em termos de uso de drones e projéteis de artilharia.

O governo ucraniano tem uma ampla quantidade de diferentes capacidades de drones, desde marítimos e de vigilância até veículos aéreos não tripulados de longo alcance.

A embaixada do país em Washington, a Casa Branca e o Departamento de Defesa dos EUA não responderam a um pedido de comentário.

A SpaceX, que opera a Starlink, também não respondeu a um pedido de comentário.

Negociadores russos e americanos planejaram uma segunda reunião nas próximas duas semanas para discutir o fim do conflito, informou a agência de notícias estatal russa RIA no sábado.

A primeira reunião ocorreu em Riade na terça-feira (18).

Tentativas de acordo entre EUA e Ucrânia

No outono passado, a Ucrânia apresentou a ideia de trocar seus minerais críticos por investimentos de aliados. Isso era parte de um “plano de vitória” que buscava colocá-la na posição mais forte para negociações e forçar Moscou a se sentar à mesa.

Trump abraçou a ideia, dizendo que quer que o país europeu forneça aos EUA terras raras e outros minerais em troca de apoio financeiro ao seu esforço de guerra.

Zelensky rejeitou uma proposta detalhada dos Estados Unidos na semana passada que visava Washington e empresas americanas recebendo 50% dos minerais críticos da Ucrânia, que incluem grafite, urânio, titânio e lítio, um componente-chave em baterias de carros elétricos.

Desde então, uma rixa surgiu entre os líderes, com o republicano denunciando Volodymyr Zelensky como “um ditador sem eleições” na quarta-feira (19) depois que o presidente ucraniano exclamou que Trump estava preso em uma bolha de desinformação russa, uma resposta ao presidente dos EUA sugerindo que a Ucrânia começou a guerra.



Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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