Com a maioria formada no Supremo Tribunal Federal (STF) para a condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), nesta terça-feira (25), pelos crimes e porte ilegal de arma de fogo, constrangimento ilegal e pela cassação do mandato em decorrência da condenação, a parlamentar pode perder o mandato.
Caso Zambelli seja cassada, quem deve assumir o mandato é seu suplente Coronel Tadeu (PL-SP). Ele foi eleito nas eleições de 2018 e chegou a ser vice-líder na Câmara do PL, mas não obteve votos suficientes para ocupar um mandato nas eleições de 2022 e se tornou suplente.
A decisão de cassação da deputada precisa ser referendada pela Câmara, que dará início a um processo junto ao Conselho de Ética da Casa, uma vez que a condenação estiver transitada em julgado.
No entanto, o Supremo tem 90 dias para retornar ao julgamento, uma vez que o ministro Nunes Marques pediu vista, ou seja, mais tempo para análise.
A demora para análise na Câmara pode ajudar Zambelli, como é o caso do acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
Há meses o processo contra o parlamentar aguarda análise e, mesmo após ser expulso do seu partido, o União Brasil, ele ainda mantém um gabinete na Casa.
A deputada se tornou ré por ter perseguido, de arma em punho, um homem. O episódio ocorreu na véspera do segundo turno das eleições de 2022, nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Zambelli alegou ter apontado a arma por se sentir ameaçada pelo homem.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br