São Paulo registrou duas mortes por febre amarela até o momento em 2025, além de seis casos confirmados da doença, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde. As infecções estão espalhadas no interior do estado, nas cidades: Socorro, Tuiuti e Joanópolis. Em 2024, São Paulo teve apenas um óbito durante todo o ano. A informação foi confirmada pela CNN em primeira mão.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda e que pode levar ao óbito em sua forma grave. É causada por um vírus transmitido por mosquitos, possuindo dois ciclos de transmissão, o urbano e o silvestre.
No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos, como o Aedes aegypti — o mesmo responsável por transmitir dengue, zika e chikungunya.
Já no ciclo silvestre, os primatas não-humanos (macacos) são os principais hospedeiros do vírus, mas não são eles os responsáveis pela transmissão. Mosquitos com hábitos alimentares silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes, picam os macacos e transmitem os vírus. Nesses casos, o homem pode participar como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata sem estar vacinado.
Segundo o Ministério da Saúde, o ciclo da doença no Brasil é, atualmente, silvestre, com transmissão por meio dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados no Brasil em 1942.
Sintomas da febre amarela
Os sintomas da febre amarela incluem:
- Febre de início súbito;
- Calafrios;
- Dor de cabeça intensa;
- Dor nas costas;
- Dor no corpo;
- Náuseas e vômitos;
- Fadiga;
- Fraqueza.
A maioria dos pacientes costuma ter sintomas leves, porém cerca de 15% podem desenvolver sintomas graves da doença, que incluem febre alta, icterícia, hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
De acordo com a Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Por isso, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica imediata.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da febre amarela é sintomático, ou seja, visa aliviar os sintomas da doença. Não há um medicamento específico para tratar a doença. Em casos graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos como AAS/Aspirina devem ser evitados, pois o uso pode favorecer hemorragias.
Vacina da febre amarela é a principal forma de prevenção
A vacina da febre amarela é a principal forma de evitar a doença e é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para toda a população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A vacina, administrada via subcutânea, está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos vacinados pela primeira vez. O imunizante oferece de 95% a 99% de proteção a adultos vacinados e 90% de proteção a crianças.
Quem não deve se vacinar?
A vacina da febre amarela não é recomendada para:
- crianças menores de 9 meses de idade;
- mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade;
- pessoas com alergia grave ao ovo;
- pessoas que vivem com HIV e que têm contagem de células CD4 menor que 350;
- pessoas em tratamento com quimioterapia/radioterapia;
- pessoas portadoras de doenças autoimunes;
- pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).
*Com informações de Thiago Félix
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Fonte: www.cnnbrasil.com.br