O apoio ao pedido da candidata da esquerda Luisa González por uma recontagem nas eleições presidenciais do Equador diminuiu nesta segunda-feira (14). Integrantes proeminentes do partido afirmaram que o presidente Daniel Noboa venceu a disputa de domingo (13).
Noboa obteve 55,6% dos votos, enquanto González ficou com 44,4%.
O presidente reeleito e as autoridades eleitorais disseram no domingo que ele havia vencido a disputa, liderando por mais de 1 milhão de votos, em uma surpreendente vantagem após um primeiro turno apertado em fevereiro, quando terminou à frente por pouco mais de 16.700 votos.
González disse a seus apoiadores no domingo que não aceitava os resultados, que chamou de fraude “grotesca”, e que exigiria uma recontagem.
Ela não apresentou evidências de fraude nem convocou protestos imediatamente.
Algumas apurações de urnas não continham as assinaturas necessárias, disse Andrés Arauz, ex-candidato presidencial do partido Revolução Cidadã (RC), de González. Ele publicou seis imagens que, segundo ele, eram exemplos.
Os candidatos podem contestar os resultados sob certas condições após o encerramento da contagem oficial. Até o final da tarde desta segunda-feira, restava menos de 1% das urnas para serem contadas e apenas 0,81% registraram algum tipo de irregularidade.
Noboa, González e seu mentor, o ex-presidente Rafael Correa, alertaram sobre o potencial de fraude antes da votação, e cada candidato contou com cerca de 45.000 observadores em locais de votação.
Membros influentes da RC reconheceram individualmente a vitória de Noboa.
“Se o povo o elegeu, devemos respeitar. Gostemos ou não, o povo votou democraticamente”, disse Aquiles Alvarez, prefeito da RC de Guayaquil, a maior cidade do Equador, no X. “O pior é ser um mau perdedor.”
Os prefeitos das províncias de Guayas, Manabi e Pichincha, bem como o prefeito da capital, Quito, também parabenizaram Noboa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em uma publicação nas redes sociais que Noboa não decepcionaria o povo equatoriano, enquanto o Departamento de Estado dos EUA declarou a eleição livre e justa.
“Esperamos continuar nosso trabalho com o governo do presidente Noboa para deter a imigração ilegal e os crimes violentos cometidos por organizações do narcotráfico”, afirmou.
A vitória de Noboa foi consistente com o que autoridades da Organização dos Estados Americanos observaram durante a votação, disse Luis Almagro, seu secretário-geral, no X.
“O processo eleitoral me parece justo e muito democrático”, disse Verônica Loja, 45, moradora de Quito. “Acho que a votação é muito clara, os resultados estão aí.”
Fonte: www.cnnbrasil.com.br