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Governo Trump avalia fazer alteração envolvendo Groenlândia, dizem fontes

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Autoridades do governo Trump estão considerando uma mudança que transferiria a responsabilidade pelos interesses de segurança dos EUA na Groenlândia para o comando militar que supervisiona a defesa interna dos Estados Unidos.

A mudança ressaltaria o foco do presidente americano no território estrategicamente importante que ele repetidamente afirmou querer adquirir, disseram à CNN três fontes familiarizadas com as deliberações.

A medida em consideração tiraria a Groenlândia da área de responsabilidade do Comando Europeu dos EUA e a colocaria sob o Comando Norte dos EUA (NORTHCOM), disseram as fontes.

À primeira vista, a ideia de colocar a Groenlândia sob a autoridade do NORTHCOM faz algum sentido lógico, visto que faz parte do continente norte-americano, embora esteja política e culturalmente associada à Europa e seja um território semiautônomo da Dinamarca.

Algumas das discussões são anteriores ao retorno de Trump ao cargo este ano, disseram as fontes.

O Comando Norte dos EUA não quis comentar. A CNN entrou em contato com o Gabinete do Secretário de Defesa, bem como com autoridades dinamarquesas e groenlandesas para obter comentários.

Ainda assim, várias autoridades americanas expressaram cautela quanto à medida devido à insistência repetida de Trump de que os EUA “precisam” da Groenlândia e à sua recusa em descartar uma ação militar para obtê-la.

Em entrevista à NBC exibida no último fim de semana, Trump renovou a ameaça.

“Não descarto”, disse ele. “Não digo que vou fazer isso, mas não descarto nada.”

“Precisamos muito da Groenlândia”, afirmou Trump. “A Groenlândia é um povo muito pequeno, do qual cuidaremos, e os estimaremos, e tudo mais. Mas precisamos disso para a segurança internacional.”

O Comando Norte dos EUA é o principal responsável pela proteção do território americano e atualmente supervisiona missões como a força-tarefa da fronteira sul.

A retórica de Trump também causou grande atrito com a Dinamarca e com a própria Groenlândia.

Colocar a Groenlândia sob o Comando Norte dos EUA separaria, pelo menos simbolicamente, a Groenlândia da Dinamarca, que ainda seria supervisionada pelo Comando Europeu dos EUA.

As autoridades dinamarquesas estão preocupadas com a mensagem que isso poderia transmitir, sugerindo que a Groenlândia não faz parte da Dinamarca, disse uma das fontes familiarizadas com as deliberações.

Os defensores da medida apontaram que, apesar de haver uma base militar americana no local e a Groenlândia ser vista como um posto avançado vital na competição com a Rússia e a China pelo acesso ao Ártico, ela é por vezes ignorada pelo Comando Europeu dos EUA devido à sua distância do centro de comando na Europa Central, disse uma autoridade americana.

Para o NORTHCOM dos EUA, no entanto, a Groenlândia é um ponto de observação importante para qualquer aeronave inimiga em potencial que venha da direção com alvo aos Estados Unidos.

A versão não confidencial da avaliação anual de ameaças da comunidade de inteligência dos EUA mencionou a Groenlândia quatro vezes, no contexto de adversários como China e Rússia que buscam expandir sua influência na região.

As discussões sobre a transferência da Groenlândia para o NORTHCOM ocorrem em meio a outra disputa de alto nível entre autoridades americanas e dinamarquesas sobre a Groenlândia.

O ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, disse esta semana que planeja “convocar” o embaixador interino dos EUA na Dinamarca para conversas, depois que uma reportagem do Wall Street Journal afirmou que Washington ordenou que as agências de inteligência dos EUA aumentassem a espionagem na Groenlândia.

Eles foram orientados a aprender mais sobre o movimento de independência da Groenlândia e as atitudes em relação à extração de recursos pelos Estados Unidos, informou o Journal.

“Li o artigo no Wall Street Journal e isso me preocupa muito, porque não espionamos amigos”, disse Rasmussen a repórteres em Varsóvia na quarta-feira (7), durante uma reunião informal de ministros das Relações Exteriores da UE.

“Vamos convocar o embaixador interino dos EUA para uma conversa no Ministério das Relações Exteriores para ver se podemos confirmar essa informação, que é um tanto perturbadora”, acrescentou Rasmussen.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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