O governo de Donald Trump ordenou que as agências federais de saúde pausem as comunicações externas, como divulgação de relatórios científicos regulares, atualizações de sites e avisos de saúde, de acordo com fontes dentro das agências.
As ordens iniciais foram entregues na terça-feira (21) à equipe de agências dentro do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, de acordo com o Washington Post, que relatou o caso pela primeira vez.
Isso incluía funcionários da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em ingês), dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e dos Institutos Nacionais de Saúde, informou o Post.
A orientação chegou sem aviso e com pouca orientação sobre o que exatamente ela cobria, de acordo com fontes dentro das agências afetadas que pediram para não serem identificadas porque não estavam autorizadas a compartilhar as informações.
Em um memorando obtido pela CNN nesta quarta-feira, a secretária de saúde em exercício, doutora Dorothy Fink, forneceu detalhes, incluindo que a diretiva estaria em vigor até 1º de fevereiro.
O memorando dizia:
- Todos os documentos e comunicações — incluindo regulamentos, orientações, avisos, redes sociais, sites e comunicados à imprensa — precisam ser revisados e aprovados por um nomeado presidencial antes de serem emitidos.
- Os funcionários não devem participar de nenhum compromisso de falar em público sem aprovação.
- Os funcionários também devem coordenar com os indicados presidenciais antes de emitir correspondência oficial para integrantes do Congresso ou governadores.
- Os superiores devem ser notificados sobre quaisquer documentos ou comunicações que devem ser isentos porque são exigidos por lei ou porque são essenciais para a saúde, segurança ou outros motivos.
Uma fonte com informações sobre a diretiva afirmou que, embora não seja totalmente inédito para um novo governo pedir uma pausa para revisar informações antes de serem divulgadas publicamente, o escopo da ordem parece ser incomum.
As agências de saúde dos Estados Unidos, incluindo o CDC, FDA, divulgam rotineiramente informações sobre recalls de alimentos, aprovações de medicamentos e dispositivos médicos, bem como atualizações sobre ameaças à saúde pública em evolução, incluindo desastres naturais e doenças infecciosas.
Muitas das agências têm monitorado de perto e relatado novas informações sobre o surto de gripe aviária H5N1, que está se espalhando nos rebanhos de aves e gado leiteiro do país e entre as pessoas que trabalham com esses animais, por exemplo.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
