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Harvard rejeita mudanças exigidas pelo governo Trump e arrisca bilhões

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A Universidade de Harvard rejeitou nesta segunda-feira (14) as exigências do governo Trump por mudanças nas políticas da instituição, colocando em risco quase US$ 9 bilhões em financiamento federal.

A instituição recebeu uma carta de uma força-tarefa federal na semana passada, descrevendo exigências políticas adicionais que “manterão o relacionamento financeiro de Harvard com o governo federal”. Em um comunicado, o reitor Alan M. Garber informou oficialmente que o acordo proposto não será aceito.

“Informamos o governo, por meio de nossa assessoria jurídica, que não aceitaremos o acordo proposto. A universidade não abrirá mão de sua independência ou de seus direitos constitucionais.”, falou.

O governo Trump ameaçou inúmeras faculdades nos Estados Unidos com cortes de financiamento caso não fossem feitas mudanças nas políticas escolares, e a decisão de Harvard marca a primeira vez que uma universidade de elite repreende a Casa Branca por essas imposições.

Entre as exigências da carta do governo, estão a eliminação dos programas de diversidade, equidade e inclusão, a proibição do uso de máscaras em protestos no campus, reformas na contratação e admissão baseadas em mérito e a redução do poder de professores e administradores “mais comprometidos com o ativismo do que com o conhecimento acadêmico”.

As mudanças propostas são o esforço mais recente da força-tarefa federal para combater o antissemitismo nos campus universitários após uma série de incidentes complexos em todo o país em resposta à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.

Garber afirmou que a maioria das demandas “representa regulamentação governamental direta das ‘condições intelectuais’ em Harvard”, além de se posicionar contra a interferência do governo no funcionamento interno das universidades:

“Nenhum governo — independentemente do partido no poder — deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir”, disse.

Funcionários de Harvard respondem e entram com processo

A seção de professores de Harvard da Associação Americana de Professores Universitários (AAUP), juntamente com a organização nacional, entrou com uma ação judicial contra o governo Trump na sexta-feira (11), juntamente com um pedido dos professores por uma ordem de restrição temporária imediata para impedir o governo de cortar o financiamento federal de Harvard.

A ação judicial afirma que essa ação “é iminente”, citando como o governo Trump já cortou o financiamento de outras instituições de ensino superior, como a Universidade de Columbia, que foi a primeira faculdade a sofrer os efeitos, perdendo US$ 400 milhões em cortes de verbas federais. Nikolas Bowie, professor da Faculdade de Direito de Harvard, disse ao programa News Central da CNN que “o que o presidente dos Estados Unidos está exigindo das universidades é nada menos que autoritário”

“Ele está violando os direitos das universidades e do corpo docente garantidos pela Primeira Emenda ao exigir que, se as universidades quiserem ficar com esse dinheiro, elas tenham que suprimir nossa liberdade de expressão e mudar o que ensinamos e como estudamos”, completou Bowie.

As exigências na carta anterior do governo também incluíam “total cooperação” com o Departamento de Segurança Interna, que aplica a política de imigração, e com os reguladores federais para garantir “total conformidade”, de acordo com uma cópia da carta obtida pelo The Harvard Crimson, um jornal administrado por estudantes.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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