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Hospitais de Gaza ficam sobrecarregados após ataques de Israel, diz médico

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A súbita investida de ataques aéreos de Israel durante a noite sobrecarregou os hospitais de Gaza, que já estavam sofrendo com semanas de bloqueio de ajuda, relataram médicos e autoridades de saúde nesta terça-feira (18), enquanto ambulâncias transportavam centenas de sobreviventes gravemente feridos.

Um vídeo obtido pela Reuters mostrou socorristas correndo com macas sobre escombros fumegantes, ambulâncias correndo para hospitais e vítimas deitadas do lado de fora enquanto parentes choravam.

“Recebemos nada menos que 400 casos em menos de duas horas”, disse Mohammad Qishta, médico de emergência da organização Médicos Sem Fronteiras que trabalha no Nasser Hospital em Khan Younis.

“Havia alguns casos graves, como queimaduras de terceiro grau no rosto, amputações, ferimentos na cabeça, ferimentos no peito”, afirmou ele.

As autoridades de saúde de Gaza emitiram um comunicado urgente nesta terça-feira pedindo aos moradores que doem sangue, dizendo que os estoques de diferentes tipos haviam se esgotado.

O sistema de saúde do território foi devastado pela campanha militar de 15 meses de Israel, lançada em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, colocando muitos dos hospitais do território fora de ação, matando médicos e reduzindo suprimentos cruciais.

Embora um cessar-fogo tenha entrado em vigor em janeiro, as negociações para a transição para uma segunda fase do acordo foram paralisadas em fevereiro.

Israel anunciou que estava cortando toda a ajuda, incluindo suprimentos médicos, para Gaza em 2 de março devido a uma disputa com o Hamas sobre a próxima fase do acordo.

“A entrada de todos os produtos e suprimentos na Faixa de Gaza será interrompida”, anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na ocasião.

Os ataques aéreos da manhã desta terça-feira (18), que, segundo as autoridades de saúde palestinas, mataram mais de 400 pessoas, ocorreram em toda a pequena e lotada Faixa de Gaza, onde a guerra deixou a maioria das pessoas desabrigadas.

Israel afirmou que estava retomando os ataques aéreos em resposta à rejeição do Hamas às suas propostas para estender o cessar-fogo.

O porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Tarik Jasarevic, disse que 20 dos 36 hospitais de Gaza continuam funcionando parcialmente.

No entanto, um número muito menor de instalações ainda tem condições de realizar cirurgias, segundo as agências de ajuda humanitária.

O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Khalil Al-Deqran, afirmou que apenas sete dos hospitais do território ainda estavam prestando serviços.

 

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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