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Iemanjá na cultura popular: relembre produções que homenageiam a orixá

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No dia 2 de fevereiro, muitas regiões do Brasil, como na capital baiana, Salvador, realizam festas no mar. Devido ao sincretismo religioso, a data coincide com a homenagem à Nossa Senhora dos Navegantes que, para os adeptos das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé, é um momento de reverência à Iemanjá, divindade africana amplamente cultuada no país.

Seja à beira-mar ou nos terreiros, a celebração é garantida. Simpatizantes e fiéis, frequentemente vestidos de branco, dão início às homenagens com rituais, cânticos e oferendas à “Rainha do Mar”.

Para além das festividades religiosas, Iemanjá também marca presença na cultura popular brasileira, sendo retratada em diversas produções audiovisuais. A orixá já inspirou enredos de novelas, filmes e documentários, além de aparecer em músicas e em outras manifestações artísticas que exaltam sua força, beleza e representatividade africana.

Imagem capturada durante festa de Iemanjá no bairro do Rio Vermelho, Salvador – BA, em 2 de fevereiro de 2019. • Wikimedia Commons

Yemanjá e Iemanjá

O nome Iemanjá (ou Yemanjá) tem origem no idioma yorubá, derivado da expressão “Yéyé Omó Ejá”, que, em tradução literal, significa “mãe cujos filhos são peixes”.

Sua imagem, associada à proteção, à fertilidade e também ao poder feminino, segue inspirando artistas e devotos, reafirmando a importância das tradições afro-brasileiras no cenário artístico nacional.

No cinema, por exemplo, a divindade já foi mencionada em “Ó Pai, Ó 2” (2022), dirigido por Viviane Ferreira, que retrata a vida no Pelourinho, em Salvador, e mostra o sincretismo religioso em meio às tradições afro-brasileiras, incluindo referências à Rainha.

@brynszaxe_

Filme| Ó paí Ó 2| odoya Yemanja! Salve a Mãe das aguas!!!🐚🌊🩵 . . . . . . #bryns #fyp #axé #candomblé #umbanda #yemanja #ópaíó2

♬ som original – 𝗯𝗿𝘆𝗻𝘀⚡️

Em “Orfeu Negro” (1959), dirigido por Marcel Camus, embora não seja diretamente sobre Iemanjá, o filme retrata elementos do Candomblé e a força dos orixás na cultura brasileira.

Em “Barravento” (1961), primeiro longa-metragem de Glauber Rocha, a divindade concede proteção ao jovem Aruã (Aldo Teixeira), exigindo em troca a castidade do rapaz. O filme retrata o sincretismo religioso e os conflitos entre a tradição e a modernidade em uma comunidade pesqueira da Bahia.

Na música

Muitos artistas brasileiros já dedicaram canções à Rainha do Mar. Clara Nunes, uma das vozes mais eloquentes da música brasileira, exaltou a divindade em “Canto das Três Raças”, além de outras composições. Confira outros exemplos.

  • Iemanjá, rainha do mar – Maria Bethânia
  • Caminhos do mar – Gal Costa
  • Iemanjá – Gilberto Gil
  • Banho – Elza Soares
  • Sá Janaína – Fundo de Quintal
  • Sexy Iemanjá – Pepeu Gomes
  • O mar serenou – Clara Nunes
  • Dois de fevereiro – Dorival Caymmi
  • Lenda das sereias – Marisa Monte
  • Canto para Iemanjá – Baden Powell e Vinícius de Moraes
  • Iemanjá – Chimarruts
  • Sá Janaína – Fundo de Quintal
  • Quero ser feliz também – Natiruts
  • Janaína – Otto
  • Empregado do Mar – Bezerra da Silva

Nas novelas

“Porto dos Milagres” (2001)

“Iemanjá, odoyá, odoyá, rainha do mar”, entoava Gal Costa na abertura de “Porto dos Milagres”, novela exibida entre fevereiro e setembro de 2001. Escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, a trama tinha o candomblé como um dos pilares de sua narrativa. A figura de Iemanjá guiava a trajetória do pescador Guma, interpretado por Marcos Palmeira, em um enredo que misturava fé, destino e os mistérios do mar.

“O Canto da Sereia” (2013)

Na minissérie “O Canto da Sereia”, exibida pela TV Globo, Iemanjá é reverenciada pela protagonista, interpretada por Ísis Valverde. A produção acompanha a trajetória de uma cantora de axé que mantém forte devoção em Iemanjá. A narrativa entrelaça mistério e religiosidade, destacando a influência da cultura afro-brasileira.

@brxzilx

o canto da sereia #ocantodasereia #isisvalverde #serienacional #sereia #vyp #vypシ

♬ som original – brxzilx

“Mulheres de Areia” (1993)

A presença de Iemanjá na teledramaturgia também se faz sentir em trilhas sonoras. Quem ouve o verso “A noite vai ter lua cheia, tudo pode acontecer”, da canção “Sexy Iemanjá”, automaticamente se lembra da abertura de “Mulheres de Areia”, novela exibida na TV Globo nos anos 1990 e reprisada pela emissora nos anos de 1996, 2011, 2016 e 2023. A música, interpretada por Pepeu Gomes, evoca a força mística e sedutora da Rainha do Mar.

“Verão 90” (2019)

Na novela “Verão 90”, a fé em Iemanjá tem um papel decisivo na trajetória de Janaína (Dira Paes). Perseguida por Mercedes (Totia Meirelles), que tenta impedir a inauguração de seu restaurante, Janaína recorre à Rainha do Mar para realizar seu sonho. Com devoção e esperança, ela constrói um altar para a orixá e, ao longo da trama, consegue superar os desafios e conquistar seu objetivo.

Cena de Dira Paes fazendo prece à Iemanjá • Reprodução/Globo

A deusa africana também é amplamente representada nas artes plásticas. Carybé, artista argentino radicado no Brasil, ilustrou diversas figuras do Candomblé, incluindo a Rainha do Mar.

Recorte de fotografia da Escultura de Iemanjá de Carybé. (November 18, 2013) • Wikimedia Commons

Além de Anitta: saiba quais famosos seguem o candomblé



Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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