O bitcoin atingiu uma nova máxima histórica nesta quarta-feira, alcançando o valor de US$ 109.481,83. A criptomoeda registrou uma alta de 2% no dia, impulsionada pela busca dos investidores por ativos alternativos em meio à volatilidade dos mercados tradicionais.
Vinícius Bazan, CEO da Underblock, em entrevista à CNN Money, atribuiu essa alta a dois fatores principais. Primeiramente, há uma melhora no apetite por risco em ativos de renda variável desde o “Liberation Day” promovido por Donald Trump em 2 de abril.
Além disso, as incertezas relacionadas às tarifas comerciais têm levado investidores a diversificar suas carteiras, reduzindo a exposição aos Estados Unidos.
BlackRock classifica Bitcoin como “risk-off”
Um ponto destacado por Bazan é a mudança na percepção de grandes instituições financeiras sobre o Bitcoin.
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, agora classifica a criptomoeda como um ativo “risk-off”, em contraste com outras criptomoedas consideradas “risk-on”.
Essa classificação sugere que o Bitcoin é visto como uma forma de diversificação e potencial proteção contra riscos do mercado tradicional.
A escassez inerente ao Bitcoin, com sua oferta limitada, contrasta com a impressão contínua de dinheiro por bancos centrais, tornando-o atrativo para investidores preocupados com a inflação.
Perspectivas futuras para Bitcoin
Bazan prevê que o Bitcoin possa atingir US$ 120 mil no curto prazo, com uma projeção de US$ 140 mil para meados do ano.
Ele ressalta que, apesar da alta recente, os investidores ainda não demonstram o mesmo nível de euforia observado em janeiro, sugerindo que ainda há espaço para valorização.
O especialista também relaciona suas projeções à evolução da liquidez global, medida pelo indicador M2.
O aumento significativo desse indicador nos últimos meses tradicionalmente beneficia ativos de risco, o que pode sustentar a tendência de alta do Bitcoin por mais alguns meses.
Investidores devem estar cientes, no entanto, que o Bitcoin continua sendo um ativo de alta volatilidade. Movimentos de 20% a 30%, tanto para cima quanto para baixo, são considerados normais neste mercado.
Bazan enfatiza a importância de encarar o Bitcoin como um investimento de longo prazo, apesar das flutuações de curto prazo.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br