A juíza Lilian Moreno, que anulou o mandado de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, foi enviada na terça-feira (6) para a prisão de Palmasola, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, informou a Agência Boliviana de Informação (ABI).
Moreno foi detida na segunda-feira (5) para cumprir 30 dias de prisão preventiva, acrescentou a ABI.
A CNN entrou em contato com a Procuradoria-Geral da Bolívia e o Ministério da Justiça para obter mais informações, e está aguardando uma resposta.
Segundo a ABI, Lilian Moreno é acusada de descumprimento de resoluções em ações de defesa e inconstitucionalidade, além de não cumprir com deveres de proteção às mulheres em situação de violência.
A CNN tentou entrar em contato com a equipe de defesa de Moreno, mas o advogado da juíza disse à emissora boliviana Red Uno na segunda-feira (5) que o juiz do caso invocou o “direito de permanecer em silêncio”, acreditando que não havia garantias processuais.
Segundo a ABI, Moreno também se reservou o direito de testemunhar na terça-feira (6).
A juíza foi detida dias depois que sua decisão de anular o mandado de prisão contra o ex-presidente Evo Morales causou polêmica. A ordem é resultado da investigação aberta pelo Ministério Público em 2024 contra o ex-presidente por suposto tráfico de pessoas, decorrente de um suposto relacionamento com uma menor de idade.
O ex-presidente rejeitou as acusações, e acusa o governo do atual presidente, Luis Arce, de “perseguição judicial”.
Na sexta-feira (2), o ministro da Justiça, César Adalid Siles Bazán, disse que um juiz da capital La Paz havia reativado o mandado de prisão contra Morales, embora essa decisão também tenha gerado polêmica.
O Conselho Judicial Boliviano informou na segunda-feira (5) que iniciou processos administrativos e criminais contra ambos juízes por possíveis violações da lei.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br