O leilão de reserva de capacidade para o setor elétrico brasileiro já recebeu cadastramento de 327 projetos, somando mais de 70 gigawatts (GW), disse nesta terça-feira (25) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Em participação em evento do BTG Pactual, Silveira afirmou que o governo está “otimista” com o certame, que deverá deixar um “legado de matriz de energia mais segura para o país”.
Segundo o ministro, o leilão tem atraído “grande interesse”. Mas ele ponderou que o número final de participantes na disputa deverá ficar bem abaixo do indicado agora pelos cadastramentos, haja a vista a extensa lista de condicionantes a serem cumpridas pelos interessados.
“Termina-se, na média de outros leilões, em 40%, 50% disso. Porque precisa ter a garantia de gás, tem que ter uma série de outras exigências para partir para o leilão”, disse.
Marcado para 27 de junho, o leilão de reserva de capacidade será o segundo do tipo a ser realizado no Brasil e visa aumentar a confiabilidade e segurança do sistema elétrico brasileiro, colocando mais usinas flexíveis para operar e que possam fazer frente à variabilidade da geração das fontes renováveis solar e eólica ao longo do dia.
Estão habilitados a participarem do certame projetos das fontes termelétrica e hidrelétrica.
Questionado sobre o tamanho da potencial contratação de capacidade pelo governo no leilão, Silveira evitou dimensionar a demanda, indicando que ela seguirá critérios técnicos apontados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
“A perspectiva é de que a gente tenha um leilão com bastante musculatura de necessidade de contratação de térmicas”, comentou o ministro.
O certame representa uma importante oportunidade de negócios para agentes termelétricos, tanto para empreendimentos existentes e novos de grandes geradoras do segmento, como Petrobras, Eneva e Âmbar Energia, da holding J&F.
Também é a primeira oportunidade em vários anos para que geradores hidrelétricos busquem ampliar a capacidade de suas usinas a partir da inclusão de novas máquinas.
A lista de autorizações para hidrelétricas já concedidas pela agência reguladora Aneel soma mais de 5 GW, incluindo usinas da Eletrobras, Engie, Auren e outras.
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Fonte: www.cnnbrasil.com.br