O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), trocaram indiretas sobre o tamanho da equipe governamental durante o lançamento de uma montadora de veículos híbridos em Betim (MG).
Em seu discurso, Romeu Zema afirmou que reduziu o tamanho das secretarias de seu governo em relação ao anterior e que negou as “mordomias” de seu cargo.
“Apesar de sermos o segundo estado mais populoso do Brasil, nós somos o que tem o menor número de secretarias: 14. Mas para time ganhar campeonato não precisa colocar 20, 30 jogadores em campo não. Precisa é de 11 craques e é o que nós temos feito aqui”, declarou o governador, alfinetando a quantidade de ministérios do governo Lula, que tem 38 pastas atualmente.
Em sua fala, Zema também disse que dá exemplo como governador porque não mora na residência oficial do governo do Estado. “Não tenho as 32 empregadas que os ex-governadores tinham. Continuo levando a minha vida que eu sempre levei na iniciativa privada, sem nenhum tipo de mordomia”, afirmou.
Ao discursar, Lula rebateu as alfinetadas do governador.
“O importante não é discutir se você tem um ou 10, o importante é discutir a qualidade das pessoas que você tem, dos compromissos que as pessoas têm. Eu não quero um cara só formado em filosofia, em engenheira, em qualquer coisa […] mas quero pessoas que tenham, antes de tudo, sensibilidade no coração para entender o problema da sociedade brasileira, como vivem as pessoas”, respondeu o presidente.
Ainda em referência indireta ao discurso de Zema, Lula afirmou que o governador mineiro não se lembrava da última vez que a economia brasileira cresceu mais de 3%. Zema foi apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
“Precisou eu voltar à presidência para que a economia voltasse a crescer acima de 3%. Ela não crescia há quanto tempo? O Zema não lembra há quanto tempo essa economia não crescia 3%. Precisou entrar um cara de sorte, com uma equipe de sorte, para fazer a economia crescer dois anos seguidos”, relatou Lula.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
