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Ministros da UE veem “nova era“ da Europa diante de Trump

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Ministros das Relações Exteriores de diversos países da Europa afirmaram nesta segunda-feira (24) que o continente havia entrado em uma nova era com a impressionante reversão de décadas de política externa dos Estados Unidos pelo presidente americano, Donald Trump, mas que ainda esperavam que o relacionamento com Washington pudesse perdurar.

Autoridades europeias foram pegas de surpresa pelas decisões de Trump de manter negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia com a Rússia, desprezando Kiev e a Europa, e com o aviso de seu governo de que os Estados Unidos não estavam mais focados principalmente na segurança da Europa.

“Está claro que as declarações dos Estados Unidos nos deixam preocupados”, declarou a chefe de política externa da União Europeia (UE), Kaja Kallas, após uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas. Mas ela acrescentou que a Europa e os Estados Unidos resolveram suas diferenças antes “e também esperamos fazer isso desta vez”.

“É claro que [o relacionamento transatlântico] vai mudar. Isso é muito claro, mas não devemos jogar pela janela algo que funcionou bem até agora.”

Antes disso, Friedrich Merz, o vencedor das eleições gerais da Alemanha realizadas no domingo (23), questionou se a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) permaneceria em sua “forma atual” até junho e disse que a Europa deve estabelecer rapidamente uma capacidade de defesa independente.

“A era que começou com a queda do Muro de Berlim acabou”, disse o ministro Caspar Veldkamp, da Holanda, ​​quando questionado sobre as observações do provável próximo chanceler da Alemanha.

“Como europeus, precisamos nos organizar, não apenas dentro da UE, mas com os britânicos, os noruegueses e outros países que querem participar, para enfrentar os novos desafios que nos são apresentados, também por Trump”, afirmou Veldkamp antes da reunião de Bruxelas.

Analistas do Eurasia Group disseram em uma nota que os eventos das últimas semanas mostraram que “a Europa está à beira de um mundo muito mais perigoso”, acrescentando que sua sensação era de que os líderes da UE estavam “enlouquecendo”.

“O que está claro agora é que sua capacidade de responder nas próximas semanas e meses pode ajudar a determinar a forma da ordem internacional – e seu lugar nela – nas próximas décadas”, escreveram.

Cúpula extraordinária

Os ministros da UE também concordaram com mais um pacote de sanções contra Moscou, para coincidir com o terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, antes de uma enxurrada de reuniões em Bruxelas, Kiev e Washington sobre a Ucrânia nos próximos dias.

Os líderes europeus se reunirão para uma cúpula extraordinária em 6 de março para discutir suporte adicional para a Ucrânia, garantias de segurança e como pagar pelas necessidades de defesa do continente.

“Eu nunca teria pensado que teria que dizer algo assim em um programa de TV mas, depois dos comentários de Donald Trump na semana passada… está claro que este governo não se importa muito com o destino da Europa”, disse Merz à emissora pública alemã ARD após a vitória eleitoral de seus conservadores.

O ministro Jan Lipavsky, da República Tcheca, disse que a Europa teria que mostrar força, mas trabalhar para manter os laços com os Estados Unidos.

“Todos nós podemos sentir a mudança na retórica dos EUA, especialmente como nas últimas duas ou três semanas”, disse Lipavsky em Bruxelas. “Mas isso não significa que paramos com esse engajamento de outra forma. Exatamente o oposto”, declarou ele.

Também nesta segunda-feira, vários líderes e ministros da UE visitaram Kiev para mostrar apoio à Ucrânia, enquanto os líderes da França e do Reino Unido se encontrarão com Trump nos Estados Unidos nesta semana.

“Devemos acelerar a entrega imediata de armas e munições”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Kiev. “E isso estará no centro do nosso trabalho nas próximas semanas.”

O 16º pacote de sanções da UE contra a Rússia inclui uma proibição de importações de alumínio primário e vendas de consoles de jogos, bem como a listagem de proprietários e operadores de 74 navios da chamada frota paralela usados ​​para escapar das sanções.

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Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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