O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do agente da Polícia Federal (PF) Wladimir Matos Soares, no âmbito do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022, para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Soares está preso desde o dia 19 de novembro do ano passado. Ele é acusado de, junto a quatro militares do Exército, elaborar um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com o relatório da PF, Soares se infiltrou na equipe de segurança de Lula e teria fornecido informações sobre a estrutura e o esquema de proteção do então presidente eleito para o grupo que planejava o atentado.
No último dia 15, a defesa de Soares solicitou, ao ministro Alexandre de Moraes, a concessão de liberdade provisória, alegando que o réu está com embolia pulmonar. Segundo o pedido, a condição exige a realização de exames periódicos e tratamento contínuo.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou de forma contrária ao pedido realizado pela defesa. No entanto, a instituição pediu ao ministro que liberasse Soares para a realização de um exame, “para verificar o estado de saúde do paciente e a indispensabilidade do tratamento”.
Na decisão, Moraes seguiu o entendimento da PGR e manteve a prisão preventiva do agente da PF. O ministro também determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal realize, em até cinco dias, os exames médicos necessários para verificar as condições de saúde de Soares.
“Sobre a sua situação de saúde, até o momento, não se verifica situação peculiar em sua saúde que implique na impossibilidade de que o requerente permaneça custodiado em estabelecimento prisional”, afirmou Moraes.
O ministro também ordenou que a Secretaria informe se o hospital penitenciário, ou a unidade prisional onde Soares está detido, têm condições de oferecer o tratamento necessário.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br