O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chegou à Casa Branca, na tarde desta segunda-feira (7), onde tentará limitar o impacto das tarifas impostas ao seu país.
A visita provavelmente será acompanhada de perto pelos líderes mundiais, à medida que os mercados globais entram em queda.
Netanyahu é o primeiro líder estrangeiro a se encontrar pessoalmente com Trump desde que ele anunciou uma política tarifária abrangente na quarta-feira passada.
Sob a nova política, os produtos israelenses enfrentam uma tarifa de 17% dos EUA. Os Estados Unidos são o aliado mais próximo de Israel e seu maior parceiro comercial individual.
De acordo com o premiê israelense, os dois vão discutir “os reféns, completando a vitória em Gaza e, claro, o regime tarifário que também foi imposto a Israel. Espero poder ajudar com essa questão. Essa é a intenção”, disse Netanyahu antes de embarcar para Washington.
A reunião também tratará as relações Israel-Turquia, o Irã e a batalha de Israel contra o Tribunal Penal Internacional, de acordo com uma declaração do gabinete do primeiro-ministro israelense.
O TPI emitiu um mandado de prisão para Netanyahu, alegando responsabilidade por crimes de guerra em Gaza.
Na semana passada, Netanyahu visitou quatro dias a Hungria, país que se retirou do tribunal.
Segundo o premiê israelense, a Hungria é “uma amiga muito próxima de Israel: nos defende na União Europeia, nos defende nas Nações Unidas, e não menos, no corrupto Tribunal Penal Internacional em Haia.”
Último encontro entre os líderes gerou falas polêmicas
Trump e Netanyahu se reuniram na Casa Branca no início de fevereiro deste ano.
Após uma reunião a portas fechadas os líderes fizeram declarações aos jornalistas.
Durante o discurso, Trump disse que os Estados Unidos assumirão o controle e serão donos da Faixa de Gaza, acrescentando que “as mesmas pessoas” não deveriam estar encarregadas de reconstruir e ocupar a terra.
Trump afirmou que “nós (Estados Unidos) vamos desenvolver Gaza”. O presidente americano voltou a defender um esforço para reassentar permanentemente os palestinos em locais fora do enclave.
“Os EUA assumirão a Faixa de Gaza, e faremos um trabalho com ela também”, disse Trump.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que falou ao lado de Trump em uma coletiva de imprensa, disse que a ideia do presidente dos EUA valia a pena prestar atenção.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br