De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, o Brasil registrou o maior número de casos de estupro da série histórica, iniciada em 2011.
Ao todo, foram 74.930 vítimas, uma média de 205 estupros por dia, o que representa um aumento de 8,2% na comparação com 20211. A taxa é de 36,9 casos para cada 100 mil habitantes1.
A maioria dos estupros no Brasil é cometida contra meninas de até 13 anos, por pais, padrastos, tios ou amigos da família, dentro da própria casa da vítima2. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019, 81,8% das vítimas de estupro são do sexo feminino e 53,8% são meninas de até 13 anos2.
Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado em março apontou que apenas 8,5% dos crimes de estupro são reportados à polícia e 4,2%, ao sistema de saúde1. Ou seja, a quantidade real de crimes do tipo deve ser ainda maior do que aponta o relatório do Fórum.
Esses números são alarmantes e mostram a necessidade urgente de políticas públicas efetivas para prevenir e combater a violência sexual no Brasil.