João Carlos Farrapa
Quando se menciona o “sexo frágil”, como sendo o feminino, deixo muitas questões a considerar, no que respeita á questão de “frágil” , quando nos deparamos com inúmeros exemplos na história , que dizem o contrário .
A sua personalidade, as atitudes na história, que muitas vezes nos atentamos a comentar, como foi possível, mas sempre reconhecendo o seu devido valor nas palavras conceitos e feitos nas mais diversas áreas profissionais e cientificas.
Neste contexto, falarei sobre “Anne Dieu le Veut”, traduzindo,”Ana que deus quis” ou “Ana que deus quer”.(1661/1710)
Nas mais diversas formas de entendimento e sentido do seu nome, Anne foi uma Pirata francesa, que cresceu na região das Caraíbas.
Desde muito nova circulava nas mais diversas embarcações e ambientes, com outros piratas, na região, e mesmo quando os acompanhava nas incursões e saques, havia sempre uma superstição ´pela questão da presença do feminino.
Constava entre a pirataria, que a presença do feminino nas embarcações, lhes trazia azar e mau agouro, sempre que tentavam capturar um navio com a sua carga…..até que isso nunca aconteceu!
Quando sempre acompanhou, denotou-se exatamente o contrário, e sempre causou uma “boa impressão” nas capturas e saques que se seguiram, sempre com a sua presença e participação.
Ao longo da sua “carreira” soube-se que se casou com um pirata holandês, e posteriormente foi capturada pelos ingleses, e que permaneceu em cativeiro por três anos num forte na Ilha dos Barbados.
Mas, qual a relação com o vinho?
Neste caso, tem uma relação direta com o Rum.
Motivos de comemoração não faltavam, sempre que havia uma captura bem-sucedida, onde este destilado era consumido com bastante frequência.
A história deste destilado vem diretamente do Brasil, onde o processo de destilação, foi assimilado por parte dos Holandeses, aquando da sua presença e ocupação da região de Pernambuco no sec VII, até serem expulsos novamente pelos Portugueses.
Não havendo Cana, como matéria prima, nas ilhas distantes que ocupavam, adaptaram outros frutos e ingredientes para criarem o Rum, mas a sua origem de processo, retorna sempre a terras brasileiras.
Assim sendo, como costumo comentar, quando estiverem a degustar um Rum, sintam a presença de “Anne Dieu le Veut” , num brinde a um destilado que trouxe a sua herança de Pernambuco , com os Holandeses no sec VII.