O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou nesta quinta-feira (20) a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), afirmando que a organização tem ignorado as “prerrogativas” da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Hoje teve novidade. A defesa do [ex-]presidente Bolsonaro fez um movimento que muita gente se pergunta: onde está a OAB, ignorando todas as prerrogativas dos nossos advogados?“, questionou Flávio durante uma transmissão ao vivo junto ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e seu advogado, Paulo Bueno.
Bueno foi o responsável por enviar a ação à OAB contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo uma manifestação da autarquia sobre a atuação da Corte no caso que apura a suposta tentativa de um golpe de Estado no país.
“A gente sabe também, que nesse momento, a defesa do presidente Bolsonaro é atropelada, ignorada a todo momento. Então a defesa fez uma representação à OAB”, continuou Flávio, que pediu, na sequência, para Bueno explicar o conteúdo da ação.
Durante a live, Bueno também criticou a falta de acesso às provas da investigação contra Bolsonaro.
“Nós fizemos o protocolo hoje. Ela é subscrita pelos principais advogados que representam os acusados nessa ação penal. O advogado do general Braga Netto, advogados de outros investigados, acusados. E ela é pontual em relação a um episódio”, disse.
Para ele, todas as defesas dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) estão sem acesso “à totalidade dos elementos obtidos na fase de investigação, franqueando-nos só e somente aqueles que previamente a Polícia Federal e a PGR selecionaram”.
Como exemplo das provas, Bueno cita notebooks, material apreendido em celulares e os depoimentos do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que não teriam sido enviados totalmente.
A CNN entrou em contato com a OAB e a PGR e espera posicionamento.
OAB fala em imparcialidade
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) confirmou o recebimento de representações enviadas pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além do general e ex-ministro Walter Braga Netto.
Em nota, a Ordem afirmou que “todos os pedidos relacionados a eventuais violações do livre exercício profissional são tratados com a seriedade e a imparcialidade que sempre pautaram a atuação da entidade, sem distinção de parte ou contexto”.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br